quarta-feira, setembro 02, 2009

Projeto sobre vírus

COLÉGIO MUNICIPAL NOSSA SENHORA DO CARMO
COORDENAÇAO: MARIENE MACEDO


PROJETO SOBRE DOENÇAS VIRAIS

JUSTIFICATIVA

Os vírus são os menores microorganismos conhecidos e são responsáveis por doenças tão relativamente inofensivas quanto o resfriado e por outras tão graves quanto a meningite. Os vírus vivem e se reproduzem somente dentro de células vivas, e apenas determinadas células são suscetíveis a um vírus específico. Você pode ser o hospedeiro de diversos vírus sem sofrer qualquer tipo de doença, mas se um número muito grande de células forem atacadas, é aí que ficamos doentes.
Não há tratamento médico eficaz para a maioria das infecções virais. Isso acontece porque, como os vírus vivem dentro das células, qualquer tratamento criado para matá-lo provavelmente também atingirá a célula. Além disso, há milhares de vírus diferentes, cada um com propriedades diversas, e um agente que seja eficaz contra um vírus provavelmente não será tão eficaz contra os outros. E embora haja vacinas para algumas doenças virais, o tratamento para a maior parte delas se limita ao tratamento dos sintomas.
O Projeto tem como objetivo principal oferecer esclarecimentos simples aos alunos do Colégio Municipal Nossa Senhora do Carmo sobre temas relacionados aos vírus e às viroses, visto que a grande maioria não tem acesso ao grande número de material impresso disponível no mercado e por não disporem de recursos tecnológicos como meio de informações. Apresenta também como objetivos específicos: Reconhecer os sintomas de cada doença, diferenciar um sintoma de uma doença para a outra, mostrar o efeito das doenças através de cartazes, teatro, dança entre outros, divulgar entre a comunidade as doenças estudadas e usar o medicamento correto para cada doença já que um diagnóstico correto é essencial, pois pode interferir no tratamento ou até mudá-lo completamente.
Será realizado no período de 23 de março a 30 de abril, ficando os dias 29 e 30 de abril para a culminância do projeto. Nesse período será organizada as séries que irão se apresentar e o dia. Cada professor usará o procedimento que achar conviniente usando para isso o seu próprio projeto, criando seus objetivos, suas metodologias, recursos e avaliação do mesmo.
A avaliação realizar-se-á através do acompanhamento pelo professor, das tarefas e atividades de aprendizagem propostas.
Constará o projeto de doze doenças virais assim distribuidos: gripe/resfriado, caxumba, dengue, febre amarela, poliomielite, HIV, Raiva, Sarampo, varíola, hepatite, Rubeola, e Dst’s. Representados pelas turmas de 5ª série pelas(os) professoras(es) Laiula, Flavio, Gilvania, Ana Lice e Conceiçao. 6ª série com os professores Renilza, Manuela e Jeane. 7ª série com Heraclito, Adriana, Priscila e Rita e as 8ª com os professores Simone, Afio, Gustavo e Rute


AÇÕES VIABILIZADORAS
•Sistematizar conteúdos através de palestras, estudos dirigidos, seminários e pesquisas diversas
•Estimular atividades como prevenção, conhecimentos e socialização dos temas propostos
•Conscientizar sobre Dst’s, rubéola, gripe/resfriado, poliomielite, caxumba, hepatite, Dengue, Febre Amarela, Raiva, Varíola e HIV
•Integrar comunidade escolar com a comunidade local e a hospitalar
•Promover um ambiente saudável após conhecimento da doença;
•Estimular políticas de promoção à saúde e prevenção de doenças;
•Promover a saúde através de ações preventivas

PROCEDIMENTOS
5ª A - 5ª B - 5ª C – Apresentação do assunto, confecção de cartazes, estudos dirigidos
5ª D - Estudo dirigido, confecção de cartazes, apresentação em grupo
6ª A – Estudos, paródias, perguntas envolvendo o público
6ª B – Apresentação de slide, dramatização, leituras
6ª C – Pesquisa, discursão, exercícios, confecção de folder, confeccão de cartazes, apresentação de grupos.
7ª A – 7ª B - 7ª C - 8ª A -8ª B
Trabalho em grupo, peça teatral, palestra com os alunos, apresentação de video educacional, apresentação de slides, entrevistas, pesquisas, questionarios

RECURSOS

Materiais: Data show, quadro, papel metro, pincel atômico, aparelho de som, cd, folder
Lápis, caderno, microfone, caixa acustica, livros, revistas, plantas medicinais

Humanos: alunos, professor, direção, coordenadora

BIBLIOGRAFIA
www.wikipedia.org

Origem da cultura Africana

No inicio do século XV, período da colonização brasileira foi palco de um cenário muito triste, quando mais de quatro milhões de homens e mulheres africanos escravizados oriundos de diferentes regiões da África, cruzaram o oceano Atlântico nos porões de diversos navios negreiros.
Aonde eram tratados como animais desprezíveis e mercadorias muito valiosas, que ao entraram no país principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão para se tornarem escravos na colônia portuguesa.

E devido ao jogo de interesse econômico do reino de Portugal e de comerciantes brasileiros foi criado um comércio escravagista com várias etnias reunidas no Brasil com suas culturas, e para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação, por esse motivo houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país com isto deu lugar a um modelo de religião chamado Candomblé, palavra denominada de Kandombile, significando culto e oração, que teve no Brasil terreno fértil para sua propagação na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante pois o contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus deuses aos elementos nela presentes . Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos brasileiros. O fetiche, marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e a toda a realidade da época acabaram impulsionando a formação de religiões muito praticadas atualmente.

O Candomblé foi a religião que mais conservou as fontes do panteão africano, servindo como base para o assentamento das divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda.
E os deuses do Candomblé têm origem nos ancestrais africanos divinizados há mais de cinco mil anos, com isto muitos acreditam que esses deuses eram capazes de manipular as força naturais, por isso, cada orixá tem sua personalidade relacionada a um elemento da natureza. O candomblé é conhecido e praticado, não só no Brasil, como também em outras partes da América Latina onde ocorreu a escravidão negra, em seu culto, para cada Orixá há um toque, um tipo de canto, um ritmo, uma dança, um modo de oferenda, uma forma de incorporação, um local próprio que em seu redor são construídas casinholas para assentos dos santos, e uma saudação diferente e as suas reuniões são realizadas de acordo com certos preceitos. As cerimônias são realizadas com cânticos, em geral, em língua nagô ou yorubá. Os cânticos em português são em menor número e refletem o linguajar do povo. Há sacrifícios de animais ao som de cânticos e danças, e a percussão dos atabaques constitui a base da música, e no Brasil existem diferentes tipos de Candomblé que se diferenciam pela maneira de tocar os atabaques, pela língua do culto, e pelo nome dos orixás, o Queto, na Bahia, o Xangô, em Pernambuco, o Batuque, no Rio Grande do Sul e o Angola, em São Paulo e Rio de Janeiro.

Uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia e no Rio de Janeiro, a Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros, espíritos das águas, eguns, exus, e outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando geralmente as religiões católica e espírita.
O chefe da casa é conhecido como Pai de Santo e seus filiados são os filhos ou filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e do local. Seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo. Muitos são os orixás invocados na cerimônia de Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros. Também invocam-se pretos velhos, índios, caboclos, ciganos. A Umbanda absorveu das religiões africanas o culto aos Orixás e o adaptou à nossa sociedade pluralista, aberta e moderna, pois só assim um culto ancestral poderia renovar-se no meio humano, sem que a identidade básica dos seus deuses fosse perdida.
ESCRAVIDÃO
Regime social de sujeição e exploração do homem e de sua força de trabalho, entendida como propriedade privada, e através da escravidão foi que as metrópoles européias encontraram a formula ideal para explorar as terras americanas, e no Brasil a escravatura nasce com a colonização, sobrevive a ela e é oficialmente extinta em 1888 no final do império.
E nesse processo de assimilação, muito dos seus valores culturais foram preservados assim como as imagens dos mitos anterior que foram associados aos santos a própria maneira de ser, o gosto pela música, pela dança e pelos panos coloridos.
Na cidade do Rio de Janeiro, os negros foram inicialmente aceitos na igreja de São
Sebastião do morro do Castelo, porém quando da transformação daquele templo em Sé, os negros acabaram sendo hostilizados, e passaram à ter muitas dificuldades para realizarem os seus cultos, em virtude dos fatos os irmãos se empenharam e decidiram construir seu próprio templo, e para isto em 14 de Janeiro de 1700 obtiveram o alvará de licença para edificação e o privilégio de escolher o sacerdote para a celebração do ofícios, e em Agosto de 1701 foi oficializado a doação do terreno por parte de Dona Francisca de Pontes diante do tabelião João de Carvalho Mattos, e no dia 2 de Fevereiro de 1708 foi colocada a pedra fundamental para a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Preto que cresceu e desenvolveu-se conforme a sua vocação natural sem ostentar muito luxo porém com seu caráter festivo que nos dias dos santos se tornou palco memoráveis de comemorações.

Ao reunir fieis pretos e brancos das mais variadas camadas sociais de toda a cidade para presenciarem um curioso desfile que reunia o rei e a rainha negros com sua corte vestidos de ricos trajes bordados que saiam pelas ruas dançando e batendo palmas num ritual a que muitos estudiosos atribuem as origens do carnaval. no ano de 1734 quando das obras na igreja do morro do Castelo, a catedral foi
transferida para a igreja Cruz dos Militares, mas em conseqüência de desacordos
surgidos em 1737, a Sé foi transferida para a igreja a igreja do Rosário e São
Benedito onde o cabino não demorou a criar novas contrariedades, que levou a
irmandade a se queixar ao rei, todavia em resposta a carta da irmandade o
soberano determinou que a catedral permanecesse até a construção de uma
nova Sé. E quando da chegada de Dom João VI ao Rio de Janeiro em 7 de Março
de 1808, ele manifestou a intenção de visitar a catedral da cidade e tal travou-se
uma verdadeira batalha ente os cônegos que queriam receber os reis à porta, e
por este motivo acabaram impedindo que o pessoal da irmandade e donos
da igreja participassem da recepção, ante porém que a disputa se tornasse
mais radical.


Participação Política


O negro, escravo ou livre, participou em quase todos os movimentos sócio-políticos que se desenrolaram no Brasil durante a sua trajetória social e histórica. Sem nos referirmos aos quilombos, que também consideramos movimentos políticos independentes, dos próprios escravos. Nas lutas pela expulsão dos holandeses, nas lutas pela Independência e a sua consolidação, na Revolução Farroupilha, nos movimentos radicais da plebe rebelde, como a Cabanagem, no Pará, no Movimento Cabano, em Alagoas, ele esteve presente. Também na Inconfidência Mineira, na Inconfidência Baiana, para lembrarmos mais alguns a sua presença é incontestável como elemento majoritário ou como participante menor. Após o fim da escravidão e do império, o negro se incorporará aos movimentos da plebe, como em Canudos, na comunidade do beato Lourenço, e, mais destacadamente, na revolta de João Cândido.


A Quilombagem

Entendemos por quilombagem o movimento de rebeldia permanente organizado e dirigido pelos próprios escravos que se verificou durante o escravismo brasileiro em todo o território nacional. Movimento de mudança social provocado, ele foi uma força de desgaste significativa ao sistema escravista, solapou as suas bases em diversos níveis –– econômico, social e militar –– e influiu poderosamente para que esse tipo de trabalho entrasse em crise e fosse substituído pelo trabalho livre.
A quilombagem é um movimento emancipacionista que antecede, em muito, o movimento liberal abolicionista; ela tem caráter mais radical, sem nenhum elemento de mediação entre o seu comportamento dinâmico e os interesses da classe senhorial. Somente a violência, por isso, poderá consolidá-la ou destruí-la. De um lado os escravos rebeldes; de outro os seus senhores e o aparelho de repressão a essa rebeldia





O quilombo aparece, assim, como aquele módulo de resistência mais representativo (quer pela sua quantidade, quer pela sua continuidade histórica) que existiu. Estabelecia uma fronteira social, cultural e militar contra o sistema que oprimia o escravo, e se constituía numa unidade permanente e mais ou menos estável na proporção em que as forças repressivas agiam menos ou mais ativamente contra ele. Dessa forma o quilombo é o centro organizacional da quilombagem, embora outros tipos de manifestações de rebeldia também apresentassem, como as guerrilhas e diversas outras formas de protesto individuais ou coletivas. Entendemos, portanto, por quilombagem uma constelação de movimentos de protesto do escravo, tendo como centro organizacional o quilombo, do qual partiam ou para ele convergiam e se aliavam as demais formas de rebeldia. Incluímos, por esse motivo, no conceito geral de quilombagem outras manifestações de protesto racial e social, como por exemplo as insurreições baianas do século XIX que culminam com a grande insurreição de 1835 em Salvador, que tanto pânico provocou entre as autoridades, forças militares e membros da população. Isto se explica não somente porque esses movimentos emancipacionistas escravos se inserem na mesma pauta de reivindicações dos quilombolas, mas também porque esses negros urbanos contavam como aliados os escravos refugiados nos diversos quilombos existentes na periferia de Salvador. Igualmente deverá ser incluído na quilombagem o bandoleirismo dos escravos fugidos, os quais em grupos ou isoladamente atacavam povoados e estradas. Desse bandoleirismo quilombola, os exemplos mais destacados são os de João Mulungu, em Sergipe, e Lucas da Feira, na Bahia, embora inúmeros outros tenham existido durante a escravidão em todo o território nacional. A quilombagem era, por isto, a manifestação mais importante, que expressava a contradição fundamental do regime escravista. Os senhores de escravos, por outro lado, não desdenhava a sua importância e se municiava de recursos (militares, políticos, jurídicos e terroristas) para combatê-la. O fenômeno da quilombagem tem como epicentro o quilombo, mas nele podem ser englobadas todas as manifestações de resistência da parte do escravo.















Por esses motivos é um movimento abrangente e radical. Nele se incluem não apenas negros fugitivos, mas também índios perseguidos, mulatos, curibocas, pessoas perseguidas pela polícia em geral, bandoleiros, devedores do fisco, fugitivos do serviço militar, mulheres sem profissão, brancos pobres e prostitutas. A quilombagem articula-se nacionalmente, desde os primórdios da escravidão, atravessa todo o sistema escravista, desarticulando-o constantemente, e assume, muitas vezes, aspecto ameaçador para a classe senhorial, como no caso da República de Palmares.





Divisão do trabalho

Na divisão social do trabalho, noventa por cento ou mais dos escravos eram destinados às atividades da agroindústria açucareira, atividades nas minas ou fazendas de café. Os outros eram os chamados escravos domésticos

Esses escravos, assim distribuídos na hora do trabalho, finda a faina cotidiana, eram recolhidos às senzalas, onde se amontoavam sem nenhuma condição de higiene ou conforto. Os escravos que não eram do eito e do engenho, da faiscação ou plantação de café, trabalhavam na casa do senhor como mucamas, cozinheiras, cocheiros, carregadores de liteiras, transportadores de tigres, limpadores de estrebarias, moleques de recado, doceiras, amas-de-leite, parteiras, carregadores de lenha e inúmeras outras ocupações que faziam funcionar a casa grande.


O negro escravo atuava em todos os níveis da divisão do trabalho, não apenas plantando e/ou colhendo cana, mas participando das técnicas e profissões exigidas para a prosperidade e o dinamismo dos engenhos. Um grande número de pessoas se beneficiava, direta ou indiretamente, desse trabalho, como todo um rosário de membros parasitários, indo dos funcionários fiscalizadores, padres, hóspedes e parentes até especialmente o senhor de escravos.

O fausto dessa economia, que permitia aos senhores importarem seda e vinho da Françça e o seu comportamento de verdadeiros nababos, tinha como úúnico suporte o trabalho da escravaria, que vivia sob as formas mais violentas de controle social, num clima de terrorismo permanente, ou se rebelava e fugia para as matas, organizando quilombos, onde reencontrava a sua condiççãão humana




História do Negro Brasileiro / Clóvis Moura - Sãão Paulo: Editora Ática S.A., 1992 Imagens publicadas em Brasil Revisitado: palavras e imagens / Carlos Guilherme Mota, Adriana Lopez. - São Paulo: Editora Rios, 1989.


Principais quilombos brasileiros


Bahia
1. Quilombo do rio Vermelho
2. Quilombo do Urubu
3. Quilombo de Jacuípe
4. Quilombo de Jaguaribe
5. Quilombo de Maragogipe
6. Quilombo de Muritiba
7. Quilombos de Campos de Cachoeira
8. Quilombos de Orobó, Tupim e Andaraí
9. Quilombos de Xiquexique
10. Quilombo do Buraco do tatu
11. Quilombo de Cachoeira
12. Quilombo de Nossa Senhora dos Mares
13. Quilombo do Cabula
14. Quilombos de Jeremoabo
15. Quilombo do rio Salitre
16. Quilombo do rio Real
17. Quilombo de Inhambuque
18. Quilombos de Jacobina até o rio São Francisco.

Nota: Stuart B. Schwartz conseguiu listar 35 quilombos na região da Bahia entre os séculos XVII, XVIII e XIX.


Sergipe
1. Quilombo de Capela
2. Quilombo de Itabaiana
3. Quilombo de Divina Pastora
4. Quilombo de Itaporanga
5. Quilombo do Rosário
6. Quilombo do Engenho do Brejo
7. Quilombo de Laranjeiras
8. Quilombo de Vila nova
9. Quilombo de São Cristóvão
10. Quilombo de Maroim
11. Quilombo de Brejo Grande
12. Quilombo de Estância
13. Quilombo de Rosário
14. Quilombo de Santa Luíza
15. Quilombo de Socorro
16. Quilombo do rio Cotinguiba
17. Quilombo do rio Vaza Barris


Pernambuco
1. Quilombo do Ibura
2. Quilombo de Nazareth
3. Quilombo de Catucá (extensão do Cova da Onça)
4. Quilombo do Pau Picado
5. Quilombo do Malunguinho
6. Quilombo de Terra Dura
7. Quilombo do Japomim
8. Quilombos de Buenos Aires
9. Quilombo do Palmar
10. Quilombos de Olinda
11. Quilombo do subúrbio do engenho Camorim
12. Quilombo de Goiana
13. Quilombo de Iguaraçu


Maranhão
1. Quilombo da lagoa Amarela (Preto Cosme)
2. Quilombo do Turiaçu
3. Quilombo de Maracaçamé
4. Quilombo de São Benedito do Céu
5. Quilombo do Jaraquariquera


Paraíba
1. Quilombo do Cumbe
2. Quilombo da serra de Capuaba
3. Quilombo de Gramame (Paratuba)
4. Quilombo do Livramento


Rio Grande do Sul
1. Quilombo do negro Lúcio (ilha dos Marinheiros)
2. Quilombo do Arroio
3. Quilombo da serra dos Tapes
4. Quilombo de Manuel Padeiro
5. Quilombo do município de Rio Pardo
6. Quilombo na serra do Distrito do Couto
7. Quilombo no município de Montenegro (?)

Nota: a interrogação posta depois do quilombo do município de Montenegro significa que as fontes informativas não são conclusivas quanto à sua existência; o quilombo de Manuel Padeiro é chamado, em algumas fontes, de Manuel Pedreiro.


Santa Catarina
1. Quilombo da Alagoa (Lagoa)
2. Quilombo da Enseada do Brito
3. Outros quilombos menores “que devem ter dado muito trabalho”

Minas Gerais
1. Quilombo do Ambrósio (Quilombo Grande)
2. Quilombo do Campo Grande
3. Quilombo do Bambuí
4. Quilombo do Andaial
5. Quilombo do Careca
6. Quilombo do Sapucaí
7. Quilombo do morro de Angola
8. Quilombo do Paraíba
9. Quilombo do Ibituruna
10. Quilombo do Cabaça
11. Quilombo de Luanda ou Lapa do Quilombo
12. Quilombo do Guinda
13. Lapa do Isidoro
14. Quilombo do Brumado
15. Quilombo do Caraça
16. Quilombo do Inficionado
17. Quilombos de Suçuí e Paraopeba
18. Quilombos da serra de São Bartolomeu
19. Quilombos de Marcela
20. Quilombos da serra de Marcília

Nota: Carlos Magno Guimarães conseguiu listar 116 quilombos em minas Gerais no século XVIII.


São Paulo
1. Quilombos dos Campos de Araraquara
2. Quilombo da cachoeira do Tambau
3. Quilombos à margem do rio Tietê, no caminho de Cuiabá
4. Quilombo das cabeceiras do rio Corumateí
5. Quilombo de Moji_Guaçu
6. Quilombos de Campinas
7. Quilombo de Atibaia
8. Quilombo de Santos
9. Quilombo da Aldeia Pinheiros
10. Quilombo de Jundiaí
11. Quilombo de Itapetininga
12. Quilombo da fazenda Monjolinhos (São Carlos)
13. Quilombo de Água Fria
14. Quilombo de Piracicaba
15. Quilombo de Apiaí (de José de Oliveira)
16. Quilombo do Sítio do Forte
17. Quilombo do Canguçu
18. Quilombo do termo de Parnaíba
19. Quilombo da freguesia de Nazaré
20. Quilombo de Sorocaba
21. Quilombo do Cururu
22. Quilombo do Pai Felipe
23. Quilombo do Jabaquara


Rio de Janeiro
1. Quilombo de Manuel Congo
2. Quilombos às margens do rio Paraíba
3. Quilombos na serra dos Órgãos
4. Quilombos da região de Inhaúma
5. Quilombos dos Campos de Goitacazes
6. Quilombo do Leblon
7. Quilombo do morro do desterro
8. Bastilhas de Campos (quilombos organizados pelos abolicionistas daquela cidade)


Região Amazônica
1. Amapá: Oiapoque e Calçoene
2. Amapá: Mazagão
3. Pará: Alenquer (rio Curuá)
4. Pará: Óbidos (rio Trombetas e Cuminá)
5. Pará: Caxiu e Cupim
6. Alcobaça (hoje Tucuruí), Cametá (rio Tocantins)
7. Pará: Mocajuba (litoral atlântico do Pará)
8. Pará: Gurupi (atual divisa entre o Pará e o Maranhão)
9. Maranhão: Turiaçu (rio Maracaçume)
10. Maranhão: Turiaçu (rio Turiaçu)
11. Pará: Anajás (lagoa Mocambo, ilha de Marajó)
12. Margem do baixo Tocantins: Quilombo de Felipa Maria Aranha


Mato Grosso
1. Quilombo nas vizinhanças do Guaporé
2. Quilombo da Carlota (denominado posteriormente Quilombo do Piolho)
3. Quilombos à margem do rio Piolho
4. Quilombo de Pindaituba
5. Quilombo do Motuca
6. Quilombo de Teresa do Quariterê



República de Palmares



Essa pequena listagem bem demonstra como a quilombagem era um fenômeno nacional.
A quilombagem – até hoje estudada com um elemento secundário, esporádico ou mesmo irrelevante durante a escravidão _, à medida que os cientistas sociais avançam nas suas pesquisas, demonstra ter sido um elemento dos mais importantes no desgaste permanente, quer social, econômico e militar, no processo de substituir_se o trabalho escravo pelo assalariado.



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História do Negro Brasileiro / Clóvis Moura _ São Paulo: Editora Ática S.A., 1992

Para que serve a escola?

Secretaria Municipal de Educação
2a. Jornada Pedagógica 2006
Coordenação – Mariene de Oliveira Macedo
Bárbara Marques dos Santos Reis

Para que serve a escola?


Mais do que nunca, precisamos considerar a educação como um meio capaz de preparar os indivíduos para entender dados, informações e inovações dentro de seus respectivos contextos, mas sem perder de vista suas ligações com um todo maior que se apresenta como um sistema de vasos comunicantes.
É quase um consenso que as escolas têm a missão de “educar para o futuro”. Essa preocupação com o porvir origina-se, mais do que nunca, nas rápidas mudanças sociais, nos avanços científicos e na atual efervescência tecnológica que está, irremediavelmente, alterando os cenários do trabalho e do lazer.
É quase um consenso, também, que a escola atual precisa mudar, pois os avanços científicos e tecnológicos geram novas exigências, demandam competências e habilidades originais, bem como novos meios para entender a complexidade crescente da realidade. Nesse sentido, a escola não soube e ainda não sabe como proceder para desenvolver o aluno, que viverá no futuro.
Muitas vezes, na história da humanidade, os ventos da mudança social foram tão fortes que pressionaram os governos, as instituições, os homens e a própria ciência a transformar suas maneiras de pensar e agir. Foi assim, por exemplo, quando a descoberta da agricultura transformou os grupos humanos nômades - habitantes de qualquer lugar onde houvesse alimento - em grupos gregários, em habitantes de vilarejos e depois em moradores das cidades; quando a sociedade francesa organizou-se e mudou o seu regime de governo, tornando cada homem um cidadão e sua educação, responsabilidade do estado; quando, no Brasil, a família que não manda suas crianças para a escola torna-se um caso para a justiça.
Além disso, as descobertas científicas e tecnológicas e os diferentes sentidos das relações homens/ciência/natureza propiciaram, em momentos marcantes, elementos para tomadas de decisão que, ao longo do tempo, mostraram ser fortemente equivocadas e prejudiciais, gerando problemas globais que, por sua vez, também desencadearam pressões sobre os governos e as instituições. Descobrir, por exemplo, que o gás fréon podia ser utilizado como gás refrigerante em sistemas de climatização (ar condicionado domiciliar e de veículos) e como agente pulverizante (em aerossóis), em princípio, pareceu facilitar a vida do homem, mas ao longo do tempo mostrou ser um erro de conseqüências graves. Tal composto contribuiu para a destruição de partes da camada de ozônio, originando os “buracos” que deixam passar livremente raios solares nocivos à saúde dos seres vivos, aumentando a incidência de certos tipos de câncer e diminuindo a capacidade imunológica.
Exemplos de erros como esses foram constantes e gravíssimos, principalmente durante o século passado; em contrapartida, forçaram-nos a tomar consciência dos para efeitos de nossas decisões, forçaram-nos a compreender que a visão fragmentada e a leitura parcial da realidade podem gerar o surgimento de catástrofes climáticas, agrícolas e sociais irreversíveis a longo prazo.
Por isso, Morin (2002, p. 33) afirma que a educação precisa oferecer elementos para “armar cada um para o combate vital para a lucidez”, o que só será alcançado quando olharmos para além do nosso horizonte, compreendermos a repercussão das nossas ações no nosso habitat mais próximo e mudarmos nosso entendimento do que é contexto nas suas formas local e global.
Mais do que nunca, fica evidente que a educação para o futuro é fundamental para a sobrevivência do nosso planeta e, por extensão, dos seres vivos que nele habitam. Mais do que nunca, precisamos considerar a educação como um meio capaz de preparar os indivíduos para entender dados, informações e inovações dentro de seus respectivos contextos, mas sem perder de vista suas ligações com um todo maior que se apresenta como um sistema de vasos comunicantes. Mais do que nunca, estamos cientes de que o futuro está no presente porque o que fazemos aqui e agora repercutirá inevitavelmente em outros lugares e tempos.
A criança caminha na direção do pensamento sociocêntrico, ancorado na objetividade, na reciprocidade e na relatividade, à medida que interage com seus pares. Nesse processo, fica exposta a diferentes pontos de vista, perspectivas, interesses, ritmos e contextos. Este é o meio que a obriga a descentrar, a tomar o(s) outro(s) em consideração, a compreender que seu ponto de vista e suas vontades não são unanimidade e que, com freqüência, para atingir determinados fins, a via da negociação vale a pena por ser a mais segura.
Não muito diferente disso, adultos, instituições, governos ou nações muitas vezes só se dispõem a descentrar e encarar as diferentes facetas da realidade quando interagem com outras pessoas, instituições ou nações capazes de estabelecer relações em pé de igualdade, e nelas encontram pontos de resistência. Também nesse nível, é a simetria que os(as) força a reconhecer que a qualidade de vida, a sobrevivência ou o desenvolvimento dependem do reconhecimento de que é preciso respeitar a identidade cultural; o pluralismo político; os direitos humanos nas suas vertentes civis, políticas, religiosas, econômicas, sociais e culturais; a integridade e soberania física ou territorial; a não-intervenção ou o não- uso/ameaça de uso da força nas relações, buscando uma solução pacífica para as controvérsias.
Ter clareza da função social da escola e do homem que se quer formar é fundamental para realizar uma pratica pedagógica competente e socialmente comprometida, particularmente num pais de contrastes como o nosso, onde convivem grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais.
Preparar o aluno para o futuro, transpondo esse ideário para o cotidiano da sala de aula, implica romper com a estrutura e organização da escola atual, marcadamente alicerçada em relações hierárquicas. Significa, além disso, reconhecer que a escola é um contexto que reflete e está mergulhado em outros contextos mais amplos, com os quais precisa interagir e intercambiar. Significa entender o quanto ações relativas ao bem-estar individual e da coletividade mais próxima são influenciadas e influenciam outras realidades próximas, distantes ou consideradas marginais. Abrir a sala de aula e propiciar a interação dos alunos com diferentes contextos pode prepará-los para compreender a relativização das realidades ambientais, a diversidade de povos, países e culturas, facilitar o entendimento da interdependência e a necessidade da negação ativa dos processos de dependência de uns aos outros. Aprender a submeter idéias, ações, valores à apreciação de outros, realizar trabalhos colaborativos e cooperativos em contextos mais amplos, pode facilitar a geração de senso de responsabilidade e solidariedade entre os homens e entre eles e os outros seres que compõem o nosso mundo.
Para isso, é fundamental um entendimento mais claro do que seja contexto e suas variantes local, nacional e global, bem como transitar e interagir em diferentes realidades. Hoje, na escola, percebe-se um descompasso entre as concepções de alunos e professores sobre o que é contexto local e contexto global. Esse descompasso aprofunda-se ainda mais quando se introduzem elementos relacionados ao tempo e espaço - vistos e entendidos hoje de modo diferenciado, graças às tecnologias da informação e comunicação.
É preciso acreditar que todos os homens defrontam-se com problemas semelhantes, transfigurados e disfarçados pelas diferenças que existem nos diversos espaços e tempos em que vivem. São os mesmos problemas, e a compreensão a respeito deles depende não só de uma visão individual ou grupal mais localizada, como também de uma visão mais coletiva, globalizada.
E preciso criar asas para que ele possa voar e. assim, ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de forma autônoma, única possibilidade de transforma-la.
A escola não pode tudo sozinha. Tem limites claros. Ela não existe isoladamente, mas faz parte de um sistema publico que tem a responsabilidade de lhe dar sustentação para que possa cumprir sua função.
Se considerarmos que um dos objetivos mais importantes da escola é a transmissão do conhecimento científico e se considerarmos que a ciência sempre se ocupou dos princípios universais, ou seja, relativos ao real, não importa o espaço e o tempo de suas expressões, então poderemos concluir sobe o valor inestimável dessa instituição nos dias de hoje. Além disso, é na escola que aprendemos a ler e a escrever, dois objetos socioculturais muito importantes em tempos de globalização.”
Assim, é responsabilidade de todos os segmentos sociais, adeptos de uma sociedade democrática, exigir o cumprimento dos dispositivos legais referentes à educação.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORIN, E. Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. São Paulo/ Brasília, DF: Cortez/UNESCO, 2002.

Revista Pedagógica Pátio, anoX, agosto/outubro 2006

Beatriz Corso Magdalena é bióloga, mestre em Educação e pesquisadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) do Instituto de Psicologia da UFRGS.


Iris Elisabeth Tempel Costa é psicóloga, mestre em Psicologia do Desenvolvimento, doutoranda em Informática na Educação e pesquisadora do LEC/UFRGS.

Desafios nas redes sociais

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