domingo, novembro 03, 2013

Projeto Cidadania: Conhecendo e praticando direitos e deveres



Justificativa



Sabemos que a escola como formadora de cidadãos tem a função de antecipar e provocar sua comunidade de maneira consciente sobre os valores que o cidadão precisa possuir no cumprimento dos seus deveres, para usufruir de seus direitos perante a sociedade com respeito e compromisso de todos.

Assim, a presente proposta prevê  ações inter-relacionadas que tenham dupla direção, para “dentro” e para “fora” da escola. As ações para “dentro” da escola são aquelas que objetivarão  a  implementação da pedagogia de projetos, aliada aos princípios de transversalidade e interdisciplinaridade. Os conteúdos relacionados aos projetos, serão incorporados às disciplinas específicas da escola. As ações para “fora” da escola são aquelas que promovem a articulação entre a escola e os espaços de aprendizagem de seu entorno. Desse modo, partindo dos projetos interdisciplinares e transversais, elaborados em sala de aula, mas desenvolvidos fora dos muros escolares (nas praças, ruas e na zona rural), a escola se aproximará da comunidade, utilizando seus equipamentos e espaços como fontes de aprendizagem. 

Sabemos que temáticas de ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social, levadas para dentro da sala de aula e articuladas com os conteúdos tradicionalmente contemplados pelos  currículos e desenvolvidas com a comunidade , pressupõe uma nova maneira de pensar o papel da escola. Esta mudança de paradigma implica na revisão  dos papéis dos diferentes atores envolvidos na educação e uma abertura da escola para acolher a diversidade da população que a compõe. Assim concebida, a  escola não se encerrará em si mesma, mas se tornará parte integrante da vida de seus alunos e da comunidade onde está inserida.

 Esse é o sentido que podemos dar a uma educação em valores que incorpora em seus objetivos a escola, mas também a comunidade e o bairro onde ela se insere.

O projeto se desenvolverá de acordo com as ações previstas  em sala pelos professores realizando  ações como exemplo de cidadania visando alcançar os valores a serem trabalhados: justiça diante de qualquer situação, mantendo a ordem de acordo com direitos e deveres dos alunos, impondo respeito entre todos, incentivando os alunos, a saber, a hora de ouvir, de falar... adequando as atividades com os conteúdos previstos para a 1ª unidade, contextualizando assim com o cotidiano escolar.





Objetivo geral

Informar e conscientizar pais, alunos, comunidade em geral da importância de se desenvolver a cidadania na sociedade, conhecendo e exercendo o seu papel de cidadão de forma crítica.




Objetivos Específicos


ü     Conscientizar os educando e comunidade escolar da importância dos direitos e deveres do cidadão como forma compromissada e respeitosa;

ü     Reconhecer hábitos importantes da vida cotidiana, que vão ajudá-los a ser uma pessoa melhor com os outros;

ü      Pensar sobre a importância de estar sempre atento a tudo que o cerca;

ü      Perceber que em uma série de situações da vida real, é importante se tornar uma pessoa responsável, para que as pessoas possam ter confiança nela;

ü     Valorizar o diálogo como forma de lidar com os conflitos;

ü     Perceber que as normas devem ser respeitadas por causa de uma finalidade;

ü     Perceber que as boas maneiras são muito importantes para garantir um convívio agradável e respeitoso para todos;

ü   Despertar atitudes simples de conservação dos ambientes públicos: não jogar papel na calçada; não derrubar latas de lixos de casas; não pichar muros; não quebrar vidros; não destruir os objetos da escola e nem mesmo ela; não rabiscar ou colocar os pés na parede;

ü  Aprimorar valores e atitudes, capacitando os alunos na busca e uso competente de informações no seu cotidiano;

ü     Desenvolver a habilidade de realizar pesquisa (levantamento de dados, delimitação do problema, levantamento de hipótese, das fontes de investigação, organização e tratamento dos dados levantados, apresentação do produto final);

ü     Ampliar os conteúdos conceituais, bem como os de procedimentos e de atitudes;

ü     Elevar a auto-estima dos alunos, colaborando para que se torne um cidadão atuante;

ü     Subsidiar e ampliar os conhecimentos dos alunos relativos aos riscos mais presentes na realidade em que vivem, para permitir atitudes adequadas aos interesses e expectativas de cada um.



Conteúdos


Tema Geral Cidadania - Tópicos a serem abordados:

ü     Identidade

ü     Boas Maneiras/ Valores

ü     Relações de Trabalho

ü     Tecnologia e sexualidade

ü     Meio ambiente

ü     Bullyng

ü     Comportamentos sociais

ü     Esporte e cidadania

ü     Alimentação

ü     Patrimônio público

ü     Função dos órgãos públicos

ü     Reciclagem

ü     Estatuto do Idoso

ü     Violência contra adolescente

ü     Música, cultura e cidadania

ü     Violência no trânsito

ü     Saúde preventiva

ü     Saneamento básico

ü     Autoestima



Procedimentos (Ações a serem desenvolvidas)



O projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar e contínua, contando com a participação de toda a comunidade escolar, os professores em cada série adequará seus conteúdos de forma criativa com a cidadania e os valores a serem alcançados.  Algumas sugestões podem ser seguidas pelos professores para melhor desenvolvimento de suas aulas: vídeos, palestras, textos informativos, painéis, júri simulado, poemas, confecção de cartazes, dramatização, exposição de trabalhos, relatos de experiências vividas, roda da conversa, elaboração de textos espontâneos/ solicitados, estudos de  textos de diversos gêneros referentes a valores, boas maneiras, cidadania, orientação no trânsito e preservação do meio ambiente, bullyng, violência contra o adolescente, estatuto do idoso, alimentação, saúde pública, patrimônio público, saneamento básico...



Recursos


Data show, livros didáticos, textos diversos, revistas, jornais, pincel atômico, lápis de cor, vídeos, cartazes,



Avaliação



A avaliação deverá realizar-se de maneira continua, mediante observação; considerando o processo e não apenas o produto.  Neste sentido, espera-se que o (a) aluno(a) se torne um agente transmissor e multiplicador dentro da sua família, vizinhança e com os demais amigos, assuma seu papel como agente cultural, um cidadão que sabe o seu papel na comunidade com engajamento individual e social na solução de problemas.

A avaliação também estará no próprio resultado do trabalho. Verificando nas falas dos alunos durante as atividades o aprendizado e desenvolvimento da oralidade e da expressividade.








PROJETO DE LEITURA - VIAJANDO NAS IMAGENS






Justificativa



É consenso geral na sociedade do conhecimento, que o ato de ler, entender, interpretar, traduzir, decifrar, decodificar,  compreender  é  tema  de  fundamental  relevância e, devido  sua  complexidade, do interesse de todos/todas, pois perpassa todas as disciplinas e áreas. Porque, ler é uma coisa, ler e entender é outra. Ao refletirmos sobre as imagens que vemos, devemos sempre considerar o caráter ideológico subjacente e qual a ideia essencial que quer ser transmitida.

Tendo  em  vista a amplitude  do  tema,  é preciso fazer   considerações sobre o que é leitura, o que é ler no contexto atual, já que muitas vezes ouvimos a expressão:  “Você  não  fez  a  leitura”, ou  ainda,  “não  é essa a  leitura  que eu  faço”,  sobre determinada situação, objeto, assunto.

As  imagens sempre existiram,  mas, devido  aos  avanços  tecnológicos,  em  nenhuma outra época a humanidade viveu tão imersa em uma avalanche de imagens, informações e textos. Em meio  a essa  poluição  comunicativa, o  grande  desafio  é  saber  como  selecionar e interpretar essas  imagens  que  nos são  colocadas,  mesmo  contra  nosso desejo.  Somos  cercados  por determinadas  imagens, de  todos  os  tipos,  imagens  que  têm  um  poder  muito  forte, que  dizem muito  e  que  falam  por  si mesmas

Desse ponto de vista não se pode pensar a leitura da perspectiva tradicional, na qual o ato de ler significava apenas a leitura de textos escritos, impressos ou não. A definição de leitura é  muito  mais  ampla, já  que ler  não  é  só decifrar  palavras. Ler também  pode  ser  entender  uma situação, interpretar uma mensagem gráfica e outras decodificações de signos. Esse é  um  dos  fatores  que  indicam  que  os  paradigmas  estão  em transição, que  o paradigma tradicional mudou, sofreu uma espécie de desmoronamento, o que resultou num novo paradigma,  muito  mais  amplo,  multidimensional  e  que a escola  deve  trabalhar transdisciplinarmente.

Sabemos que a visão contemporânea de leitura abrange múltiplas linguagens, de modo que, o ato de ler, em toda a sua complexidade, cada vez mais assume uma importância singular. Antes mesmo de ser “alfabetizada”,  a criança já é capaz  de “fazer leituras”  do que acontece ao  seu  redor, de interpretar o olhar  dos adultos e entender  se um gesto é acolhedor ou não. Paulo Freire  refletiu sobre isso ao longo de sua obra, afirmando que, antes de ler palavras, lemos o mundo, pois

“... se antes  os  textos  geralmente  oferecidos  como  leitura aos  alunos  escondiam muito  mais  do que desvelavam a realidade, agora, pelo contrário, a alfabetização como ato de conhecimento, como ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra”. (FREIRE, 1999,p.30)

Mais do que ver, "ler" uma obra é lançar um olhar crítico e sensível sobre os textos e contextos da arte brasileira e mundial, incentivando a investigação e o estudo da produção acadêmica e da popular, da produção cultural do passado e da atualidade. Essa leitura tem como finalidade o contraponto, o diálogo entre a "verdade" da obra (o que o artista pensou ao criar a obra) e a "verdade" de cada um que a interpreta.

Essas diferentes imagens e obras  levarão  os alunos  a dialogar e interagir com as mesmas, as  quais  gerarão  todo o tipo de  discursos e de interpretações. Até porque, “Não explicamos as imagens, explicamos comentários a respeito de imagens”. (MANGUEL, 2001, p.29)

Pretende-se aqui através  de  uma  observação direta e  participativa e com  a  finalidade  de explorar  e investigar mais profundamente o assunto, essas atividades serão  desenvolvidas, onde professora e alunos/as, envolvidos com as imagens, irão o observar, repensar e redescobrir significados,  analisando opiniões  e  depoimentos  também  com  relação  às  cores,  aos  temas,  às mensagens, às intenções do autor/a etc.




Objetivo Geral

Proporcionar  aos  alunos/as  o  acesso  e  o  contato direto  com  charges  e  fotografias,  publicada em jornais, revistas e periódicos, visando a leitura e a decodificação destas e também de  outros suportes  como  cartazes,  estampas,  outdoors,  tiras, quadrinhos, pinturas, desenhos, esculturas, peças de teatro, dança,  grafites, computador, televisão,  filmes e clipes, entre outros.




Objetivos específicos

·        Refletir sobre as imagens que estão no nosso cotidiano
·        Buscar iniciativas de leitura fora da sala de aula
·        Questionar-se sobre atitudes e comportamentos diante de imagens
·        Desenvolver habilidades para a produção sobretudo de textos escritos, e eventualmente de textos orais, de diferentes tipos e gêneros, adequados á situação comunicativa
·        Reconhecer a organização tópica dos textos imagéticos, bem como sua tipologia
·        Compreender aspectos da língua escrita, tais como ortografia e pontuação e sua relação com a língua oral.
·        Reconhecer recursos utilizados diferentemente em variantes lingüísticas distintas.
·        Oferecer ao aluno mais oportunidades de leitura
·        Relatar de maneira objetiva as imagens observadas
·        Compreender a diferença entre os textos com linguagem verbal e não verbal e sua importância no processo sócio-comunicativo.

Procedimentos


A principal função da escola, que é de formar sujeitos sociais, implica garantir uma ação educacional voltada para o desenvolvimento da  competência comunicativa do aluno, da sua capacidade de interpretar e produzir, para que  ele se torne capaz de ler e pronunciar o mundo. Para tanto, é imprescindível que a ação pedagógica se desenvolva segundo uma prática que contemple a utilização de uma metodologia de leitura diversificada, ou seja, os materiais de apoio pedagógico devem constituir-se, sobretudo, dos diferentes textos que circulam socialmente. 
Uma concepção de leitura que se distancia das tradicionais já fora proposta por Paulo Freire, o qual defende que a leitura inicia na compreensão do texto.

Não existe um único caminho para ler ou interpretar a arte. Você pode descobrir e criar muitos caminhos para interpretá-la. Contudo, no encontro entre esses diferentes olhares estão alguns aspectos que serão contemplados em todas as disciplinas tais como:

·        Elementos básicos ou contextos formais – São os recursos expressivos, como a linha, a cor, o volume e a superfície. Eles dão forma a uma imagem.

·         Elementos secundários ou intelectuais – Os elementos básicos, organizados em um determinado contexto adquirem um sentido compositivo: ritmo, equilíbrio, profundidade, harmonia. Tal disposição configura uma ideia de tranquilidade, frio, calor, dramaticidade, movimento.

·         Elementos vivenciais – São o título, o tema, a vida e a obra do artista, a localização no tempo histórico e no espaço, simbologias, acontecimentos importantes durante a criação da obra, a reflexão e a crítica.
               
Os procedimentos metodológicos dar-se-á também através de: análises e comentários de imagens observadas, reescrita, releitura através de desenhos, músicas, paródias, teatro, histórias em quadrinhos, elaboração de placas,



Cronograma

 01  de junho a 30 de novembro



Recursos

Transparências, retroprojetor, tv, computador, livro didático, outdoor, placas diversas, revistas, gibis, cartolinas, barbantes, cola, pincel atômico



Avaliação


A avaliação é uma etapa fundamental no processo ensino/aprendizagem pois possibilita verificar em que medida houve progresso do aluno, face às metas e aos objetivos de ensino/ aprendizagem propostos, e oferece subsídios para rever ações metodológicas. Para isso deve ser um processo contínuo que aparece em cada atividade pela observação do desempenho dos alunos, como raciocinam  e se adquirem novas habilidades.
Assim,  cada professor em sua disciplina buscará avaliar os alunos tendo esses parâmetros e que primem pela leitura  em duas atividades diárias.


Referencias

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 38.ed. São Paulo: Cortez, 1999.


TRAVAGLIA, Luiz Carlos,  ROCHA, Maura Alves de Freitas, FERNANDES, Vania Maria Bernandes Arruda. A aventura da linguagem.  Dimensão.  Belo Horizonte. 2012.




Projeto: Sem álcool a vida é bem melhor


Introdução


O Colégio Municipal Nossa Senhora do Carmo abriga em sua maioria alunos da zona rural do município, no total são 330 alunos durante este ano letivo. A faixa etária dos alunos é entre 10 e 18 com predominância entre 13 e 14 anos. Quanto ao nível socioeconômico dos alunos, a grande maioria é bastante carente, já que o município dispõe de poucas oportunidades de emprego, os alunos moram em localidades distantes da sede e as famílias necessitam de auxilio da assistência social. As famílias dos alunos participam das atividades desenvolvidas na escola, de reuniões de pais e mestres e a maioria acompanha a vida escolar dos filhos. Por ser um município pequeno, a direção e professores conhecem as famílias dos estudantes, facilitando o diálogo entre escola e comunidade.
Em relação aos fatores de proteção da escola citamos a relação da escola com a comunidade, os pais são presentes nas atividades desenvolvidas pela escola. Os fatores de risco que apontamos é a falta de um espaço para lazer tanto na escola quanto na cidade.
É por saber que os pais ou responsáveis dos nossos alunos veem a escola com bons olhos e na grande adesão das famílias para a conscientização do presente projeto acreditamos que eles têm conhecimento e podem compartilhar com toda a comunidade escolar.
O alcoolismo foi e continua sendo um grande problema de saúde pública e como qualquer outra droga, o álcool provoca alterações no sistema nervoso, modificando comportamentos, produzindo prazer momentâneo e tornando o usuário dependente. O consumo de drogas lícitas no cotidiano cultural das pessoas tem permeado o cenário de nosso convívio.
Neste cenário, encontram-se os adolescentes participando deste consumo sem dar-se conta que o álcool é uma das drogas lícitas mais potentes consumida entre os jovens. Interessante salientar que o indivíduo, nesse caso o adolescente, necessita ser instrumentalizado e alertado para as consequências que o álcool provoca no organismo, se ingerido em excesso, pois, além dos acidentes de carro, espancamentos e outros, o álcool também provoca doenças. Nesse sentido, intervenções educativas se fazem necessárias de forma precoce, visando minimizar ou interromper esse processo de autodestruição. Sabemos que a escola não é suprema, porém tem o papel de informar, instigar, provocar e não se omitir, instrumentalizando os adolescentes por meio de dinâmicas de grupo, palestras e histórias em quadrinhos, como conviver com drogas lícitas, buscando envolver os pais destes e, identificar riscos à saúde provocados pelo consumo do álcool e os motivos que levam os adolescentes a ingerir bebidas alcoólicas.
Pretende-se com o projeto mobilizar a todos que enxergam na educação o caminho para o conhecimento e a mudança e entendem que a escola não caminha isolada, mas com o apoio das famílias, da comunidade, da Assistência social e dos profissionais de saúde.

Aspectos teóricos

O alcoolismo é definido como a ingestão de bebidas alcoólicas de forma continuada causando prejuízo emocional, social e físico ao indivíduo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma doença de natureza complexa, na qual o álcool atua como fator determinante sobre causas psicossomáticas preexistentes no indivíduo e o tratamento requer uma busca a processos profiláticos e terapêuticos de grande amplitude (TWERSKI, 1987).
O alcoolismo foi e continua sendo um grande problema de saúde pública, capaz de afetar todos os aspectos da conduta humana, constituindo-se em uma doença herdada com diferentes probabilidades de expressão aos descendentes (D’ ALBUQUERQUE; SILVA,1990).
O consumo de drogas lícitas no cotidiano cultural das pessoas tem permeado o cenário de nosso convívio. Neste cenário, encontram-se os adolescentes participando deste consumo sem dar-se conta que o álcool é uma das drogas lícita mais potente consumida entre os jovens.
Como qualquer outra droga, o álcool provoca alterações no sistema nervoso, modificando o comportamento da pessoa, produzindo prazer momentâneo e tornando o usuário dependente, fato que geralmente se inicia na infância ou adolescência. A sociedade tem um conceito muito positivo sobre a bebida e a publicidade explora a propaganda, associando-a a alegria, à sensualidade, geralmente as propagandas de bebida apresentam mulheres bonitas, saudáveis, bem sucedidas, sugerindo sucesso.
A prevenção do uso de substâncias lícitas, o oferecimento de ambiente familiar saudável e a educação adequada aos filhos revestem-se de uma importância primordial. Uma das responsabilidades da família consiste em educar os filhos, inculcando-lhes valores espirituais e morais e ensinando-lhes a enfrentar a dura realidade da vida.
Rossato; Zuse (2000), comentam que o álcool faz parte do rol das drogas lícitas junto com a automedicação, o tabaco, entre outras. Por ser uma droga socialmente aceita e estimulada por diversas culturas, torna-se difícil o entendimento do alcoolismo como uma doença para o indivíduo envolvido, a família e profissionais de saúde. Por esta razão, é frequente a família buscar atendimento médico ou especializado somente em casos de agitações, agressões e complicações clínicas e ainda acontece que, em muitos destes casos, são tratadas as causas imediatas, sendo ignorada a casualidade primária.
Silva (1998),  relata que para cada alcoolista no Brasil, existe em torno de cinco a dez pessoas sofrendo os efeitos da doença, sendo que as primeiras consequências atingem aos familiares, ampliando-se para as relações sociais, econômicas, culturais, intelectuais, emocionais e biológicas. O impacto na família manifesta-se principalmente pela ruptura e desorganização das relações interpessoais com prejuízo no desenvolvimento das pessoas, da qualidade de vida e saúde dos que convivem com o problema.
É importante salientar que, abstendo-se de usar álcool, os pais podem oferecer um exemplo que terá grande influência sobre a atitude de seus filhos a esse respeito. O amor e a unidade no seio de uma família que procura ter boas relações podem transformar-se na força motriz de um enfoque positivo e dinâmico da vida e de seus problemas; os filhos destas famílias aprendem que o consumo de álcool não é aceitável e que a superação das tensões da vida cotidiana é parte da experiência humana estando associada ao desenvolvimento e à maturidade pessoal.
Não importa por onde se começa a usar o álcool, e quais foram as percepções agrupadas e / ou as repercussões provocadas, o que está em jogo no seu uso, de acordo com Inem; Acselrad (1993, p. 95) diz respeito ao seguinte:

[...] as características psicológicas dos sujeitos que se tornarão dependentes; o contexto sócio-cultural e familiar onde estas pessoas estão inseridas; as diferentes capacidades que têm os sujeitos de adaptações e modificações de suas condutas; a droga que foi eleita pelo sujeito como sua droga preferencial.


Assim, a sociedade tem a responsabilidade de oferecer oportunidades para estimular e fomentar a criatividade e o trabalho útil devendo agir como coadjuvante para que haja menos substâncias disponíveis que levem à dependência para uso que não sejam médicos ou científicos. Os meios de informação deveriam oferecer programas de informação e de educação que ajudassem a prevenir o alcoolismo. Para os autores citados acima, é fato prevalecente que a grande maioria dos jovens brasileiros começa a ingerir substâncias alcoólicas em casa, posto que são substâncias mais suportadas por suas famílias e/ou são hábitos destas, bem como são propaladas pela mídia como hábitos de fino trato.
Sabemos que o uso de drogas principalmente o álcool é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer que sua presença em nossa sociedade não é simples e coloca importantes desafios. Não só existem vários tipos de drogas, como também são diferentes os efeitos por ela produzidos. Assim, seu uso e abuso devem ser compreendidos levando se em conta o contexto em que a droga é usada, o momento da vida do indivíduo que a consome e qual a relação que esse usuário estabelece com a substância (BRASIL, 2008).
O uso de bebida alcoólica gera a violência, para Dubet (2003:06), as condutas violentas ou percebidas como tais pelos professores (às vezes associadas ao uso de drogas) põem em questão

a função socializadora da escola, da civilização, como maneira de viver junto, de construir disciplina, de compartilhar direitos e deveres. A violência e as desordens escolares introduzem uma reflexão sobre a função cívica da escola nos contextos em que ela se confronta com a exclusão.

Objetivo Geral

Fortalecer a parceria comunidade-escola num trabalho de educação para a prevenção e redução do uso de bebidas alcoólicas entre os adolescentes e dos problemas decorrentes, em nossa cidade.


Objetivos específicos

- Promover o interesse e participação dos pais dos alunos nas ações e projetos da escola;
- Incentivar os alunos à adoção de posturas e hábitos que valorizem uma vida saudável, por meio da prática de esportes individuais e coletivos;
- Promover parcerias com a Secretaria de Cultura e lazer e com a Secretaria de Saúde para realização de eventos lúdicos.
- Organizar palestras e orientações para os alunos da escola e para os pais deles sobre o álcool e a importância da prevenção, visto que, a maioria dos casos de alcoolismo inicia-se dentro do ambiente familiar.
- Promover um espaço de discussão sobre as questões relacionadas à prevenção das drogas principalmente o álcool vinculada ao desenvolvimento do protagonismo dos jovens com foco na saúde e na prevenção.
- Fortalecer as ações participativas dos pais na escola.
- Promover o fortalecimento da relação pai/aluno por meio da realização de atividades escolares.
- Alertar o adolescente para as conseqüências que o álcool provoca no organismo, principalmente em excesso.



Metodologia


O projeto será desenvolvido em etapas que serão: divulgação para a comunidade escolar, de parcerias entre as secretarias de Educação, de Cultura e lazer e a de Saúde, sensibilização do projeto com os pais e os alunos, palestras, atividades teatrais,  utilização de filmes e vídeos além de outros recursos tecnológicos como a internet para promover através de pesquisa, a orientação, a prevenção e a conscientização contra o uso abusivo de drogas, especificamente o álcool.
Será feito "programas interativos", intervenções que teriam em comum a utilização de técnicas didáticas que estimulam a participação ativa dos alunos através de ginkanas, confecção de folders e jogos didáticos em que os alunos serão os agentes multiplicadores dessas atividades.
Palestras com profissionais de saúde e momentos em que os pais sejam os “palestrantes”, ou seja, que eles possam interagir com outros pais através de relatos, dinâmicas, sendo os condutores do evento.

Cronograma

Ações

Responsável pela ação

Recursos

Duração da atividade

·        Divulgação do projeto para os alunos. (folder e cartazes).
·        Sensibilização através de dinâmicas sobre o tema Alcoolismo

Coordenadora da escola

Data show, caixa amplificada e microfone

 2 dias



2 h

·        Construção de histórias em quadrinhos com o tema O alcoolismo e seus efeitos sobre os adolescentes
·        Exposição das histórias em quadrinhos


Professores de Língua Portuguesa

Papel sulfite, caneta hidrocor, lápis de cor

1 semana
                 
·        Análise de gráficos e tabelas sobre o alcoolismo no Brasil

Professores de Matemática

Data show, revistas e jornais

 2 h

·        Discussão e Exposição de vários cartazes em sala de aula com propagandas de bebida alcoólica, principalmente cerveja


Professores de Educação Artística

Revistas, jornais, cartolinas, pincel atômico


2 h

·        Palestra  “ Tema saúde e
qualidade de vida”

Enfermeira

Data show, caixa amplificada e microfone

1 h
·         Confeção de folder  com ilustrações sobre o alcoolismo e frases
Professores de Língua Estrangeira- Inglês
 Papel sulfite, caneta hidrocor, recortes de revistas e jornais
 2 h

·        Leitura e discussão de Gibis do programa DIGA SIM A VIDA


Professores de História

Os gibis

1 semana

·        Ginkana esportiva

Professores de Educação Física

Bolas, jogos didáticos, cordas, bambolês

1 dia

·        Sessão de  filme temático com debate e discussões.


Todos os profissionais  da escola

Data show, caixa amplificada e filme

2h

·        Apresentação teatral sobre o alcoolismo

Alunos da escola

Papel metro, tnt, EVA, cola, tesoura, tecidos diversos.

1 dia


Referências
 
BRASIL. Curso de Prevenção do Uso de Drogas para educadores de escolas públicas / Secretaria Nacional Antidrogas, Ministério da Educação; Brasília; 2008.

Bucher R. A abordagem preventiva. In: Bucher R, organizador. As drogas e a vida. São Paulo: Pedagógica e Universitária; 1988. p. 55-68.  

Carlini-Marlatt B. Estratégias preventivas nas escolas. In: Seibel SD, Toscano Jr. A, organizadores. Dependência de drogas. São Paulo: Atheneu; 2001

Costa ACLL, Gonçalves EC. A sociedade, a escola e a família diante das drogas. In: Bucher R, organizador. As drogas e a vida. São Paulo: Pedagógica e Universitária; 1988. p. 47-5

D’ALBUQUERQUE, L.C. e Silva, Doença Hepática alcoólica. São Paulo: Savier, 1990.

DUBET, François. A escola e a exclusão. Cadernos de Pesquisa. No. 119, jul. (p. 29-45), 2003.

INEM, C.; ACSEIRAD, G. Drogas: uma visão contemporânea. Rio de Janeiro: Imago,
1993.

SILVA, M. R. S. Família e alcoolismo: em busca do conhecimento. Dissertação de
mestrado. Florianópolis: UFSC, 1998.
Silveira DX. Considerações sobre a prevenção ao uso indevido de drogas. Rev ABP-APAL 1993.

TWERSKI, M.D. Como proceder com o alcoólatra. 2.ed. São Paulo: Paulinas/ Reindal,1987.

WIEVIORKA, Michael. Em que mundo vivemos? São Paulo: Perspectiva, 2006.

ZAGURY, Tânia. Escola sem conflito: parceria com os pais. Editora Record, São Paulo, 2002.

ZUSE, A.S. Autonomia que a educação não tornou consciência, resultou em dependência- alcoolismo. ( Dissertação de mestrado), Santa Maria: UFSM, 1991

O consumo de bebidas Alcoólicas na população escolar juvenil.  Disponível em http://www.gaim.pt/publicacoes/pub_2/Livro_Final.pdf

           

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