segunda-feira, outubro 29, 2018

Redes Sociais

Sendo as redes sociais espaços coletivos e colaborativos de comunicação e de troca de informação, podem facilitar a criação e desenvolvimento de comunidades de prática ou de aprendizagem desde que exista uma intencionalidade educativa explícita. Assim, perceber como se pode ensinar e aprender, formal ou informalmente, em espaços abertos e de aprendizagem colaborativa, em redes sociais na internet (RSI), é um dos grandes desafios que se colocam a todos os educadores.
Como sabemos, atualmente, as redes sociais são parte integrante da vida dos nossos estudantes, e entre as mais populares destacam-se o Facebook, LinkedIn, Orkut, Twitter e Youtube, sendo a mais utilizada o Facebook. Foi tendo em conta a crescente utilização desta rede que os professores do Ensino Superior começaram a adotá-la como forma de manter o contato com os estudantes fora da sala de aula (PEMPECK; YERMOLAYEVA;CARVET, 2009).

Significados de Curtir, comentar e compartilhar nas redes sociais

Você sabe por que curte, comenta, compartilha e segue seus amigos em redes sociais? Leia o breve resumo de Recuero( 2014)
Curtir


Segundo Raquel Recuero, o botão “curtir” parece ser percebido como uma forma de tomar parte na conversação sem precisar elaborar uma resposta. Toma-se parte, torna-se visível a participação, portanto, com um investimento mínimo, pois o ator não necessariamente precisa ler tudo o que foi dito. É uma forma de participar da conversação, sinalizando que a mensagem foi recebida. Além disso, ao “curtir” algum enunciado, os atores passam a ter seu nome vinculado a ele e tornam público a toda a sua rede social que a mensagem foi “curtida” (essa mensagem aparece como uma notificação para as conexões de quem “curtiu”). Nesse sentido, “curtir” algo adquiriria uma série de contornos de sentido. Primeiro, seria uma forma menos comprometida de expor a face na situação, pois não há a elaboração de um enunciado para explicitar a participação do ator. Segundo, seria visto como uma forma de apoio e visibilidade, no sentido de mostrar para a rede que se está ali. São duas formas de capital social, focadas na difusão da informação para a rede social e na difusão do apoio/contato entre os dois participantes da conversação (Recuero, 2014: p. 119).

Comentar
Raquel Recuero destaca que os comentários, por sua vez, são as práticas mais evidentemente conversacionais. Trata-se de uma mensagem que é agregada através do botão da postagem original, é visível tanto para o autor da postagem quanto para os demais comentaristas, atores que “curtam” e compartilhem a mensagem e suas redes sociais. É uma ação que não apenas sinaliza a participação, mas traz uma efetiva contribuição para a conversação. (...) O comentário, portanto, parece envolver um maior engajamento do ator com a conversação e um maior risco para a face, pois é uma participação mais visível. Isso porque aquilo que é dito pode ser facilmente descontextualizado quando migrar para outras redes através das ferramentas de compartilhamento, de curtida e mesmo de comentário. Essa compreensão do comentário como um risco para a face também leva muitos usuários a desistir de comentar e optar por apenas “curtir” a postagem, uma vez que o risco para a face é melhor. (Recuero, 2014: p. 121).
Compartilhar
Em suas pesquisas, Raquel Recuero observou que o botão “compartilhar”, por outro lado, tem outras funções e valores associados. Sua principal função parece ser a de dar visibilidade à conversação ou à mensagem, ampliando o alcance dela. (...) parece-nos que compartilhar algo que seja valorizado pela rede é um valor positivo. Compartilhar uma informação também é tomar parte na difusão da conversação, na medida em que permite que os usuários construam algo que pode ser passível de discussão, uma vez que é de seu interesse, para sua rede social. O compartilhamento também pode legitimar e reforçar a face, na medida em que contribui para a reputação do compartilhado e valoriza a informação que foi originalmente publicada. Embora tenhamos observado em alguns casos, o compartilhamento para crítica, de modo geral, o compartilhamento parece ser positivo, no sentido de apoiar determinada ideia, um manifesto ou uma mensagem. (Recuero, 2014: p. 120).
Retirado de Recuero, Raquel. Curtir, compartilhar, comentar: trabalho de face, conversação e redes sociais no Facebook.
Seguir


Para Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa (2015, p. 123), o ato de seguir alguém, alguma publicação ou instituição é, dentre outras possibilidades, uma forma de filtrar algo de interesse no meio de um oceano de conteúdos: isso pode se dar em relação à vida de celebridades, como desdobramento das colunas sociais, que já faziam sucesso; a comentaristas e analistas, como quando acompanhamos colunas de periódicos; em relação a produções ou produtores culturais a que se tem apreço ou das quais se é fã; a assuntos de interesse etc.


Retirado de Rojo, R. e Barbosa, J. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo, Parábola Editorial, 2015.

INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

A globalização das práticas de comunicação e experiência do conhecimento na sociedade digital promove a construção de novas proximidades sociais e cognitivas nos processos de educação, para os quais a distância deixa de constituir um limite no acesso à educação e à aprendizagem. A rede é o espaço para as interações, a partilha de conteúdos e representações, e o meio para o acesso à educação e aos contextos de aprendizagem.

Segundo Daniel* a rede constitui, deste modo, o meio para promover a educação aberta sem constrangimentos de tempo, lugar ou acesso, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal e ao longo da vida, o que representa um desafio na aproximação entre os contextos de educação formal e informal, na perspetiva da convergência das práticas de experiência individual para os projetos colaborativos realizados nas comunidades de aprendizagem.

A inovação em educação é um processo que está para além da incorporação da tecnologia nas práticas existentes, apesar das evidências que mostram ser esta uma tendência dominante, cuja maior manifestação se deverá observar não só nas mudanças estabelecidas no pensamento pedagógico e nas práticas da rede de atores, alunos e professores, mas também nos modelos do pensamento organizacional das instituições, considerando a importância deste para o enquadramento e sustentabilidade das práticas de mudança e inovação. Apesar das tecnologias de informação e comunicação constituírem, frequentemente, um meio de inovação disruptiva na educação, como refere Oblinger (2013), observamos que esta incide, em particular, sobre as formas da mediação tecnológica na comunicação educacional, nomeadamente na acessibilidade aos conteúdos e às modalidades de disponibilização e replicação da e-informação nos ambientes emergentes de educação em rede.

Dias, P. (2013). Inovação pedagógica para a sustentabilidade da educação aberta e em rede. Educação, Formação & Tecnologias, 6 (2), 4-14 [Online], disponível a partir de http://eft.educom.pt. 

* www.unescobkk.org/news/article/the-future-of-open-education-with-sir-johndaniel/

Reflexão - O SILÊNCIO

Esquematização das dimensões relacionais e indicadores para a usabilidade pedagógica

A mediação cognitiva e social para a educação aberta e em rede constitui o espaço de intervenção e romoção das cenarizações para a inovação pedagógica, enquanto processo centrado nas práticas dos atores e nos contextos de experiência da comunidade de aprendizagem e conhecimento, cuja natureza interacional e colaborativa se estabelece na modelização das dimensões relacionais e de organização
das aprendizagens em rede. Conforme imagem abaixo.

1- Dimensões relacionais e indicadores para a usabilidade pedagógica


De acordo com esta perspetiva, é proposto  uma concessão da usabilidade pedagógica que tem como foco, para além da avaliação das formas de interação com os conteúdos e os ambientes, as dimensões de relacionamento na rede no âmbito do projeto de aprendizagem para os cenários emergentes de educação aberta, as quais se definem a partir dos seguintes indicadores: i) modalidades de comunicação que decorrem das formas de participação; ii) níveis de confiança como expressão do capital social da partilha na comunidade; iii) práticas colaborativas realizadas a partir das atividades de mediação social e cognitiva; iv) sustentabilidade das experiências de conhecimento ancoradas nos processos de andaimagem das aprendizagens; v) modalidades de e-moderação que resultam dos processos de liderança, em particular, da liderança partilhada na exploração e construção das redes de conhecimento; vi) organização da comunidade enquanto expressão da identidade, formas de relacionamento e atividade da rede de atores


2- Dimensões relacionais e indicadores para a usabilidade pedagógica 





Fonte: Dias, P. (2013). Inovação pedagógica para a sustentabilidade da educação aberta e em rede. Educação, Formação & Tecnologias, 6 (2), 4-14 [Online], disponível a partir de http://eft.educom.pt.

domingo, outubro 21, 2018

                                                          O mundo em suas mãos

Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentosmétodos técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa.
A palavra tecnologia tem origem no grego "tekhne" que signfica "técnica, arte, ofício" juntamente com o sufixo "logia" que significa "estudo".
As tecnologias primitivas ou clássicas envolvem a descoberta do fogo, a invenção da roda, a escrita, dentre outras. As tecnologias medievais englobam invenções como a prensa móvel, tecnologias militares com a criação de armas ou as tecnologias das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. As invenções tecnológicas da Revolução Industrial (século XVIII) provocaram profundas transformações no processo produtivo.
A partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da internet e ainda, as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de Energia Nuclear, Nanotecnologia, Biotecnologia, etc. Atualmente, a alta tecnologia, ou seja, a tecnologia mais avançada é conhecida como tecnologia de ponta.
As novas tecnologias são fruto do desenvolvimento tecnológico alcançado pelo ser humano e têm um papel fundamental no âmbito da inovação.
Os avanços da tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo, a tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor nível de vida ao Homem. Como fatores negativos, surgem questões sociais preocupantes como o desemprego, devido a substituição do Homem pela máquina ou a poluição ambiental que exige um contínuo e rigoroso controle.
fonte: www.significados.com.br/tecnologia-2/

Desafios nas redes sociais

A aprendizagem em espaços virtuais, como por exemplo, as redes sociais constitui um enorme desafio para a sociedade digital, na medida em q...