domingo, setembro 23, 2018

Filme Quase Deuses


O filme  Quase Deuses narra à história de dois homens que através de pesquisas práticas mudaram os conceitos sobre cirurgias cardiovasculares, tendo como cenário inicial a cidade de Nascheville, ano de 1930. Um deles carpinteiro chamado Vivien Thomas (1910-1985), afro-americano, que sonhava em ser médico.  É contratado como auxiliar de serviços gerais em um laboratório  que usava cães como cobaia. O outro, um médico, Dr. Alfred Blalock   reconhecido no meio cientifico.
Vivian além de ser um ótimo carpinteiro possuía uma mente privilegiada, aprendia com extrema facilidade e era bastante habilidoso com as mãos e isso não passou despercebido pelo seu chefe o Dr. Blalock. Percebendo que lhe seria útil em suas pesquisas colocou-o como ajudante de laboratório.
Vivian comenta com seu chefe sobre seu sonho de se tornar médico, Dr. Blalock estranha tamanha ambição, pois acreditava que o normal seria ele continuar a profissão de seu pai. Porém as circunstancias como: a falência do banco em que ele depositava suas economias de sete anos, o nascimento de suas duas filhas e a falta de apoio do seu chefe fizeram com Vivian não realizasse seu sonho.
O jovem rapaz se mostrava cada vez mais capaz fazendo com que as pesquisas evoluíssem bastante, tornando-se indispensável ao médico pesquisador, mas isso não mudou sua vida para melhor, pois naquela época os negros eram segregados os salários eram diferenciados e sem escolaridade não evoluíam de função de forma burocrática, isso significava que Vivian exercia uma função e recebia por outra duas vezes abaixo da sua, mudou-se para Baltimore em 1943, com seu chefe e a casa que passou a morar com esposa e filhos não era boa, motivo de constantes queixas de sua esposa, além disso, ele tinha que fazer diversos serviços para o seu locador a fim de obter descontos nos aluguéis.
Outro grande exemplo da segregação racial estava na própria família de Vivien, seu irmão Harold, professor, que travava batalha judicial para igualar seu salário aos dos brancos, não contava com o apoio de seu pai, pois o mesmo acreditava que Harold deveria se conformar e esperar que as coisas mudassem com o tempo. Doze anos depois ele venceu a batalha, porém decepcionado com seus colegas de trabalho abandonou a profissão.
Dr. Blalock sempre requisitava Vivien para outros serviços, mais estes eram de cunho doméstico que não davam a Vivien a oportunidade de evoluir socialmente. Um destes serviços foi o de garçom na festa do Dr. E ao presenciar uma conversa em que uma médica pede a Blalock, que direcione os estudos para a cura da doença conhecida como síndrome do bebe azul Vivien se mostra interessado dando palpites bastante pertinentes intrigando aos presentes e conquistando o respeito da Dr. Que questiona quem seria aquele rapaz, e os convida a analisar um bebe que ela já acompanhava a algum tempo.Vevien e Blalock aceitam o desafio e passam a estudar a doença praticando nos cães do laboratório.Vale salientar que quem pensasse em cirurgia cardíaca era tido como louco,pois era visto como impossível essa prática.Entre avanços e fracassos da pesquisa Vivien por fim descobre a cura através de uma cirurgia bastante complicada.Esse feito proporcionou a Vivien o poder de reivindicar por melhorar seu salário e mudar sua qualificação. Para surpresa de todos a cirurgia no bebe foi um sucesso e teve a participação de Vevien não como cirurgião mas como direcionador da prática.
A todos até a quem não participou da pesquisa foi dado o mérito desse avanço cientifico menos ao principal responsável Vivien que por diversas vezes pelo Dr. foi comparado a sua incrível habilidade ao que só Deus poderia fazer.Sentido-se humilhado pelo desprezo de Blalock Vivien se demite do hospital Hopinks, a quem prestou serviço por mais de doze anos, acreditando que com sua experiência lhes seriam abertas as portas da universidade para negros e que conseguiria créditos para concluir o curso de medicina antes do normal,porém lhe foi negado e mais essa decepção levou-lhe a vender medicação cirúrgica para outros hospitais dando o Hopinks como referencia.
Após algum tempo e de conversa com sua esposa Vivien percebe que apesar da falta de reconhecimento não conseguia viver sem explorar seu talento por que era o que ele mais gostava de fazer e decide procurar o Blalock e retomar o seu trabalho. Trinta anos depois ele ressurge como diretor da sua área, e após morte do Dr.Blalock,Vivien então tem o seu merecido reconhecimento com o diploma de doutorado a ele concedido e sua foto na galeria dos médicos mais importantes do hospital recebido das mãos da atual colega e diretora responsável  pelo hospital
O filme Quase Deuses  nos permite fazer uma reflexão  nas possibilidade de superação de um negro que acreditou em seu sonho mesmo diante de tanto preconceito e dificuldades. A presença de humildade, persistência, dedicação e sacrifícios pessoais em prol do bem comum por parte de Vivien  nos faz pensar que o “ eu” não deve ser pensado individualmente e sim coletivamente.


Cordel filosófico

Na historia do pensamento
De origem ocidental
Nasceu na Grécia antiga
O saber  filosofal

Saber mítico
Que significava
Ideia falsa do real
Fantasiando o conhecimento de forma irreal

Durante  muito tempo
No mito acreditava
Através dele tudo se explicava
e sentido para a  vida lhe dava

Nos deuses encontravam
Poder e alegria
Relatando a vida 
Criaram uma rica mitologia

Agora com vocês
Os deuses vou apresentar
Os alunos da platafreire
Muito sabidos  vão ficar

Fiquem ligados
Isso vai lhe interessar
Senão Ares vai lhe pegar
Traçando uma guerra ferrenha
e a você derrotar

E se você esperto for
buscará  forças
em Afrodite a bela
 a deusa do amor

E você  Darcy  gatinha
Pensa que ficará sozinha
Pense em  Hera e sua situação
Que será sua solução

Não esqueça de Heráclito
Isso tudo com boa intenção
Porque Hermes lhe trará
Uma bela comunicação

Da era mitológica
Não temos mais nada a falar
Vamos para a polis
O nascimento da filosofia explicar

O logo sendo argumentação
Pretende convencer
Em oposição a mitologia
Nasce a era do saber

Com o surgimento da Polis
Muita coisa avançou
E a filosofia
 o seu lugar conquistou

Os gregos navegaram
Contaram e negociaram
E assim pensaram
Muitas coisas dismistificaram

Se liga meu amigo
Filosofia é seu significado
Com sabedoria você
Entenderá  o recado

Agora pessoal preste bem atenção
Filosofia não é só isso não
Fique ligado nos outros grupos
Que vem mais informação.

As Tensões Constitutivas Da Prática Antropológica


Encontramos no conjunto do campo antropológico um certo número de tensões
importantes, opondo a universalidade e as diferenças, a compreensão "por  dentro" e a compreensão "por fora", o ponto de vista do mesmo e o ponto de vista dos outros. . . sendo assim a antropologia tem todas as chances de engajar-se em um impasse, em um desvio em relação ao modo de conhecimento que persegue, toda vez que um dos pólos em questão domina o outro.

Uma pulsação bastante específica ritma o trabalho de todo etnólogo. O primeiro tempo é o da aprendizagem através de um convívio assíduo e de uma verdadeira impregnação por seu objeto. Trata-se de interpretar a sociedade estudada utilizando os modos de pensamento dessa sociedade, deixando-se, por assim dizer, naturalizar por ela.

A inteligibilidade procurada pelos etnólogos não consiste apenas em compreender uma sociedade da forma como seus atores sociais a vivem, mas também,  em entender o que lhes escapa e só pode lhes escapar. De fato, o que vivem os membros de uma determinada sociedade não poderia ser compreendido situando-se apenas dentro dessa sociedade. O olhar distanciado, exterior, diferente, do estranho, e inclusive a condição que torna possível a compreensão das lógicas que escapam aos atores sociais. Ao familiarizar-se com o que de início parecia estranho, o etnólogo vai tornar estranho para esses atores o que lhes parecia familiar.

Nenhuma sociedade é de fato perfeitamente transparente a si mesma, nenhuma escapa de suas armadilhas conscientes. Cada grupo humano, como também cada indivíduo, fornece a si próprio e aos outros racionalizações de suas condutas, que consistem em modelos conscientes que o etnólogo não deve cortejar e adaptar, nem contornar e exorcizar, e sim analisar.

Alguns etnólogos têm tendência a supervalorizar o discurso do outro, isto é, a abandonar um modelo de pensamento por outro, quando o discurso sobre o outro tende a dominar o discurso do outro, degenera habitualmente em um discurso à revelia do outro, podendo contribuir na morte do outro (e na morte das civilizações).

Levi-Strauss compara freqüentemente a antropologia à astronomia. Qualifica a primeira de "astronomia das ciências sociais", e diz do olhar antropológico que  é um "olhar de astrônomo". É a proximidade desse olhar sobre sociedades longínquas que permite notadamente que o pesquisador, de volta a sua própria sociedade, possa olhá-la à distância

Fazer antropologia é segurar as duas extremidades da cadeia e afirmar com a mesma força: existe, como escreve Mauss, uma "unidade do gênero humano" tal costume, tal instituição, tal comportamento, estranhos a minha sociedade, são realmente diferentes. Percebemos isso notadamente no caso do evolucionismo que dissolve a alteridade na unidade, pois, como vimos, o "primitivo" não é visto como sendo realmente diferente de nós. Encarna a forma social ultrapassada do que fomos outrora, e é utilizado como a ilustração de um processo único que sempre conduz ao idêntico.

A abordagem tão exigente do etnógrafo, que evidencia as diferenças que observa, termina dissolvendo-se no dogmatismo unitário da função. Essa acusação segundo a qual o conhecimento dos outros estaria reduzido ao Saber verdadeiro por um observador possuindo infalivelmente a verdade do observado, e procurando menos o advento com os outros daquilo que não pensava, do que a verificação sobre os outros daquilo que pensava, coloca um problema essencial: a única ciência é ocidental?

Embora não se trate de ciências, no sentido ocidental do termo, existem, em outras culturas, formas de conhecimento cuja lógica não tem realmente nada a invejar da nossa: por exemplo, as gramáticas indianas, os "saberes sobre o corpo"asiáticos, ou ainda as instituições familiares tais como foram elaboradas pelos aborígines australianos, tão complexas que precisamos, no Ocidente, para compreendê-las, apelar para os recursos das matemáticas modernas.


O que é evidenciado nessa perspectiva é o caráter assimétrico da relação entre o observador e o observado, a dominação que uma civilização estaria impondo deliberada ou dissimuladamente a todas as outras, e a natureza, considerada repressiva, da ciência, que seria a racionalização desse processo.

Considera-se que o que é separado pela barreira das culturas não deve ser reunido, nem mesmo pelo pensamento teórico. Disso decorre a oposição aos próprios conceitos de homens e de antropologia, aos quais se prefere o de povo (no plural) e de etnologia porque sabemos de fato que, quanto mais uma sociedade tende a uniformizar-se, mais tende simultaneamente a diversificar-se.

Da mesma forma, foi a influência, que parecia exclusivamente niveladora, da revolução industrial do século XVIII que permitiu a radicalização dos diferentes estatutos entre os grupos (as classes sociais). Mais uma vez, o Brasil contemporâneo me parece particularmente revelador a esse respeito e nos leva ainda mais adiante. A cultura popular não só resiste notavelmente a cultura dominante, como também, freqüentemente, consegue se impor a esta, de uma maneira dificilmente imaginável no Ocidente.

A excelente imagem que se deve ter dos outros se acompanha de fato da má imagem que se tem de si (cf., por exemplo, Jean Monod, 1972, que se acusa de ser um "rico canibal"). Ou seja, há uma recusa de assumir sua própria identidade, o que tem como corolário a culpa ou a difamação da ocidentalidade. Em suma, tudo se passa como se esse protesto indignado { o fato de querer devolver sua dignidade aos outros { devesse passar inelutavelmente por um processo consistindo em acusar-se a si próprio de indignidade

A incompreensão entre os que enfatizam a unidade fundamental da cultura e os que privilegiam a diversidade, supostamente irredutível, das culturas, decorre do fato de que não nos situamos, nos dois casos, no mesmo nível de investigação do social.

Pelo contrário, a análise da variabilidade cultural evidencia o que não vejo diretamente quando passo de uma cultura para outra, mas me permite perceber que pertenço a uma figura particular da cultura. De um lado, portanto, a preocupação do concreto, de outro, a exigência, para dar conta deste, da construção científica.

O primeiro risco, que qualificaria de tentação empírica, vem da submissão dócil ao campo, do registro ficticiamente passivo dos "fatos", que dá ao observador a impressão de situar-se do lado das coisas, de estar junto delas.

Não há, de fato, ciência, nem atividade crítica nem mesmo coleta de fatos sem teoria. A rejeição desta última leva inclusive inevitavelmente a adotar a teoria do senso comum, a "opinião", a ideologia do momento, a que estiver vigente na sociedade que se estuda ou á qual pertencemos.

O trabalho do antropólogo não consiste em fotografar, gravar, anotar, mas em decidir quais são os fatos significativos, e, além dessa descrição (mas a partir dela), em buscar uma compreensão das sociedades humanas.

Por outro lado, uma teoria científica nunca é o reflexo do real, e sim uma construção do real. Os fatos etnográficos são fatos cientificamente construídos, a partir de nossas observações, mas também contra nossas observações, nossas impressões, as interpretações dos interessados e nossas próprias interpretações espontâneas.

Podemos reduzir a inadequação entre os dois pensamentos de que acabamos de falar, traduzindo-a em uma outra linguagem. Por exemplo, quando um número considerável de indivíduos que compõem a sociedade brasileira tende a interpretar suas dificuldades (sociais, psicológicas, biológicas) em termos religiosos, podemos dizer que se trata de "ilusão", de "projeção", de "deslocamento"ideal de uma realidade mais "fundamental". Da mesma forma, quando o pensamento tradicional clássica as coisas segundo categorias cósmicas (a água, o ar, a terra, o fogo), podemos dizer que realiza "sublimações"  cujas "verdadeiras" razões são sócioeconômicas.

Alguns exemplos vão permitir mostrar que um certo número de condutas, observáveis em outro lugar, são capazes de agir como reveladores de aspectos culturais inteiros, cuidadosamente dissimulados em nossa cultura, o que permite afirmar, com Georges Devereux, que o inconsciente de uma cultura pode ser encontrada no consciente de uma outra.

O objetivo da etnologia não é o de traduzir a alteridade nos moldes do que é, para minha sociedade, conhecido e correto (o que equivaleria a suprimir essa alteridade); nem o de estender a racionalidade às dimensões do universo, nos modos missionários ou messiânicos da conquista (pois essa racionalidade é provinciana, isto é, limitada no espaço e no tempo).

A etnologia, pelo contrário, abre essa estreiteza monocultural. E, no entanto, para que o próprio empreendimento que caracteriza "nossa disciplina, não apenas como experiência e como aventura, mas como ciência, seja possível, algo desse pensamento ocidental terá sido utilizado como mediador e como instrumento: não uma cultura (a nossa) que serviria de referencial absoluto e daria sentido a fenômenos que inicialmente não tinham, e sim um método, ocidental, é claro, pela sua origem histórica e cultural, mas que subverte a racionalidade ocidental.

A realidade, para o antropólogo, constitui-se do confronto de dois discursos interpretativos que se juntam, e constituem, o primeiro, a realidade normalizante do discurso "erudito"(do psiquiatra, do padre, do professor primário. . .), o segundo, a realidade alucinada e desviante, mas que é também a expressão de uma realidade social. A antropologia, portanto, só começa a adquirir um estatuto científico partir do momento em que integra, para analisá-lo, esse envolvimento do pesquisador (ao mesmo tempo psicoafetivo e sócio-histórico) às voltas com a diferença.

A separação teológica, filosófica, e depois científica, do homem e da natureza (especialmente os animais, mas também nossa animalidade), do homem e de seu semelhante, a separação do sujeito e do objeto, do sensível e do inteligível, constituem os termos de uma tensão que, a meu ver, não admite Resolução em uma unidade superior como em Hegel.

Resumo do filme pro dia nascer feliz


O diretor inicia o documentário “Pro dia nascer feliz” com declarações de estudantes e manchetes de jornais que chamam à atenção para o futuro da juventude exibindo alguns depoimentos de alunos a cerca das expectativas que têm em relação a educação/escola, de instituições localizadas em diferentes regiões do país,. Mostra a realidade das escolas, a relação professor/aluno, aluno/aluno entre outros aspectos. No nordeste, ele apresenta escolas das cidades de Manarí e Inajá - interior de Pernambuco. Evidencia a realidade típica dessa região, onde os aspectos culturais e sócio-econômicos se refletem na escola assim como a credibilidade que a comunidade deposita na educação escolar para mudar de vida e veem a escola como única alternativa para tal. Na primeira escola uma aluna reclama da falta de interesse dos próprios estudantes, do descaso deles com a merenda escolar, mas vê no professor o compromisso com a educação. Enquanto isso em outra escola uma estudante depõe que os professores são descompromissados para com os alunos, que não valorizam a produção do aluno, não acreditam no seu potencial, não há cumprimento do calendário escolar, isso se dá também em conseqüência da falta d’água, falta de transportes,  a ausência de professores que deixam de ir à aula sob alegação de fazerem cursos de pós-graduação, resultando assim, em aulas vagas Na região sudeste,  ele visitou escolas do Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, visitou a Escola Estadual Guadalajara, em Duque de Caxias, exibindo a estrutura física da escola, salas vazias, outras cheias e apertadas, método tradicional, alunos dispersos durante a aula e a realização do Conselho de Classe, momento em que discutiam o desempenho/ aprendizagem dos alunos. Em São Paulo, mostrando escolas que atendiam alunos de camadas populares, de periferia, que mesmo compromissados com a educação, não tinham garantias de aulas regulares devido a falta de professores, a queixa de uma professora que alegava a falta de dignidade e respeito das pessoas para com esta profissão e questionava sobre o papel do professor na sociedade, o lamento da diretora com relação a possibilidade de mudanças significativas. Expõe a estrutura do Colégio Santa Cruz - freqüentado por alunos de classe média - a metodologia da professora, a participação dos alunos na aula, relação professor/aluno, salas amplas e arejadas,  atendendo alunos de classe média de famílias consideradas estruturadas e presentes na educação de seus filhos.

Livro didático


REFLEXÃO SOBRE O LIVRO DIDÁTICO


O livro didático tem sido objeto de debate e reflexão, havendo várias posições a respeito de seu uso. Em um extremo, há os que argumentam que o livro didático (LD) deveria ser abolido totalmente das salas de aula – e escolas que assim o fazem criam suas próprias apostilas, ou adotam material pronto ou, ainda, permitem que os professores criem seu próprio material. Por outro lado, vemos um apego excessivo ao LD, de forma que ele passa a ser o programa da disciplina ensinada, ditando o que deve e não deve ser ensinado e funciona como mediador entre teorias da aquisição e o professor (D’Ely & Mota, 2004:71). Uma prova de como essa idéia de que o livro didático possui supremacia absoluta no ensino está de tal forma arraigada em nossas salas de aula é quando, por exemplo, um professor decide não utilizar determinada atividade e ‘pular’ para a seguinte e o aluno logo pergunta: “E a atividade X, professor?”.

Entre um e outro extremo, há várias nuances. Primeiro, há que se ressaltar que não existe livro didático ideal e que ele constitui apenas uma ferramenta na educação. Além disso, o papel do professor é importante para levar os alunos a pensar de modo crítico e a apropriarem-se dos gêneros discursivos (propostos ou não) pelo LD adotado pela instituição de ensino.

O livro didático está inserido em um contexto sócio-cultural global já que é utilizado em múltiplos contextos que variam de acordo com as condições sociais e culturais de diferentes grupos. Além disso, o LD também se relaciona com o contexto individual do aluno, no seu aspecto social, ou seja, com sua inserção no mundo como indivíduo que está envolvido em diferentes práticas sociais no seu dia-a-dia. O LD está ainda relacionado com o contexto de ensino-aprendizagem, ou seja, o ambiente formal de ensino, como cursos de línguas, escolas ou até mesmo aulas particulares.

O livro didático apresenta  outras características: 1) intertextualidade – uso de outras fontes ou textos e 2) interdiscursividade – uso de elementos que carregam significados sociais e institucionais de outras comunidades. Esse caráter intertextual do livro didático de língua estrangeira é o que vai possibilitar a presença dos mais variados gêneros discursivos em cada livro. Por todas as razões acima, o livro didático se constitui atualmente em rica fonte de pesquisa e análise (Chiaretti, 1996; Coracini, 1999; Rufino, 2003; Carmagnani, 2003; D’Ely & Mota, 2004; Zilles, 2004; Conceição, 2005; Ticks, 2005), visando, através do olhar crítico e de novas contribuições, desencadear a produção de material que, cada vez mais, atenda às exigências de um ensino voltado para a apropriação de gêneros, visto que estes são considerados como “um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas” (Marcuschi, 2002).

Embora não seja considerado obrigatório o uso do livro didático no contexto de ensino-aprendizagem, em qualquer que seja a disciplina, dificilmente entramos em uma sala de aula da língua estrangeira – quer em escolas regulares, quer em cursos de idiomas, em que um livro, ou mesmo partes de um livro, não esteja sendo usado. Desta maneira, não é de se estranhar que os livros didáticos ainda sejam a ferramenta de ensino mais importante. Apesar de, em dados momentos da evolução do pensamento sobre ensino-aprendizagem, ter havido a tentativa de se fazer com que os alunos descobrissem as verdades científicas por si mesmos.

Para Lopes-Rossi (2002:21), a questão da dependência do professor em relação ao livro didático deve-se a “uma série de deficiências de formação e de infraestrutura no país”. Cabe, ainda, acrescentar que o livro texto vem geralmente carregado de grande autoridade, de modo que as percepções dos professores tornam se irrelevantes, além de a relação professor-autor nem sempre possibilitar uma postura crítica dos professores através de um canal direto com o autor (Olson,1989:240).

Apesar de suas fraquezas, como, por exemplo, levar os alunos à falsa crença da neutralidade e objetividade do discurso escrito, o “livro texto é útil no que se refere a uma maneira organizada de se ver a disciplina” e é também um gênero mais familiar aos alunos (Johns, 1997), além de poder funcionar como um facilitador do papel do professor no ensino (Hyland, 2000:104).

O papel dos professores face ao seu uso deva ser crítico, para:

a) ajudar os alunos a entenderem que, “como todos os gêneros, os livros didáticos são motivados por uma variedade de forças” (Johns, 1997);
b) considerar seu caráter mais dialógico com o avaliador-leitor (nós professores) do que com o consumidor-leitor (nossos alunos) (Swales, 1995, p.6 apud Johns, 1997);
c) servir como uma ferramenta e não simplesmente a única ferramenta de ensino (Olson, 1989);
d) levar em consideração a realidade sócio-cultural e não meramente lingüística da língua estudada (Meurer, 2000).

Filme óleo de Lorenzo


Análise  do Filme o Óleo de Lorenzo  x relação com a Ciência


A ciência é uma invenção grega e veio substituir a mitologia como o acervo de conhecimento que o homem procurava para explicar a sua existência e o seu papel no mundo.
O filme O Óleo de Lorenzo trata-se da história de uma criança que tem uma doença rara e, pelos prognósticos dos doutores cientistas, não viverá muito.
A fala fria e científica do médico, ao informar o diagnóstico, contrasta com o desespero dos pais. A mãe pergunta se não há uma remota possibilidade de cura, se ele tem certeza. O doutor responde, secamente: “Absoluta”. Só resta a resignação.
Os pais de Lorenzo sem aceitar passivamente o diagnóstico passaram a se dedicar ao estudo dos mecanismos básicos celulares, buscando aprender e entender como as células do organismo funcionam. Passavam dias e noites em bibliotecas, mergulhados em livros. Quando eles acreditavam que haviam encontrado alguma informação relevante, procuravam médicos e professores dos cursos de medicina e discutiam com eles suas idéias, sempre buscando encontrar uma forma de tratamento que minimizasse o sofrimento de Lorenzo.
Outro aspecto da observação refere-se as enfermeiras que colaboram no acompanhamento de Lorenzo. Incomodadas com o sofrimento do garoto e, sem esperança de que o quadro clínico possa ser revertido, comportam-se mais como profissionais da saúde, estabelecendo uma relação sujeito-objeto e mantendo uma distância segura do envolvimento emocional.
É observado que não se aceita os demais saberes a não ser o saber considerado científico por isso as dificuldades encontradas foram enormes, desde preconceitos de profissionais por serem eles leigos em Bioquímica e Medicina.
É importante salientar que não se observa contradição alguma entre os tipos de saber indutivo e o autodidatismo de Augusto Odone. Augusto observa, formula, testa e refuta hipóteses através da experimentação. O que Augusto não tem é o saber legitimado, não pertence à comunidade científica, é um homem comum, ou seja, não tem “um nome próprio, um nome conhecido e reconhecido.

A ciência, então reconheceu a eficácia do ‘óleo de Lorenzo’, que teve sua comprovação científica em uma pesquisa longitudinal coordenada pelo neurologista Hugo Mozer e publicada na revista New Scientist. A comunidade científica cooptou Augusto Odone como membro, outorgando-lhe o diploma honorário de medicina.

Começa aqui a definir-se o que Bourdieu (1983, p. 122) chama campo científico, que “é o lugar, o espaço de jogo de uma luta concorrencial” e o que Kuhn (2005, p. 29) chama ciência normal, que “significa a pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas. [...] reconhecidas durante algum tempo por alguma comunidade científica específica como proporcionando os fundamentos para sua prática posterior”.

E por fim uma questão feita pela mãe de Lorenzo que merece reflexão: Nossos filhos estão à serviço da ciência médica ? Pensei que a ciência médica é que estava a serviço do doente.

sábado, setembro 22, 2018

Gênero - Reportagem



Reportagem

Texto jornalístico amplamente divulgado nos meios de comunicação de massa, a reportagem informa, de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo acontecimento.
reportagem não possui uma estrutura rígida, mas geralmente costuma estabelecer conexões com o fato central, anunciado no que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-se a narrativa do fato principal, ampliada e composta por meio de citações, trechos de entrevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos resumos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um título, como todo texto jornalístico.
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e contribuindo para formar sua opinião.
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, dinâmica e clara, ajustada ao padrão lingüístico divulgado nos meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma linguagem acessível a todos os públicos, mas pode variar de formal para mais informal dependendo do público a que se destina. Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação.
Para se produzir uma boa reportagem, é fundamental que o repórter ouça todas as versões de um fato, a fim de que a verdade apurada seja realmente a verdade que possa ser comprovada, não aquela que se imagina que é a verdade.


Fontes
CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação. São Paulo, Atual Editora, 2000, p.158-68.

Sociedade e consumo


Texto 1- Educação e Consumo


Segundo Aristóteles ( 384 a.C), “ o homem é um animal social por natureza, nasceu para viver em sociedade, e como tal ser educado”.
Para esse pensador, ao vivermos em sociedade, produzimos para consumir. Quando o produzimos, criamos novos desafios que são solucionados pela educação e pelo pensamento.
A educação, segundo Aristóteles, busca o equilíbrio entre o excesso de consumo e a satisfação natural do prazer.
A palavra consumo adquiriu diversos significados ao longo da história humana. Do latim consumere, significa “ gastar ou corroer até a destruição, devorar, extinguir, aniquilar, enfraquecer, etc. Também foi utilizada para se referir à tuberculose – doença que consumia o organismo.
Para  Thorstein Veblen, “ a riqueza provocava um tipo de consumo ostentatório, comprando mercadorias que serviam apenas para demonstrar o status dos ricos[...]. Esse consumo provocava a imitação dos pobres, que,por sua vez, passavam, dentro das suas possibilidades, a consumir objetos desnecessários, mas que lhes davam aparência de ‘ classe superior’.”
Já Karl Marx chamou o consumo de fetichismo da mercadoria, para ele em determinado momento surge a ilusão de que as mercadorias tem vida própria. Elas poderão influir no destino das pessoas. Ele relaciona esse fetichismo da mercadoria ao sentimento religioso do selvagem, que diviniza os objetos por ele produzidos.


1. Segundo o texto por que o homem é considerado um animal social por natureza?

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2. Para Aristóteles produzimos e criamos sempre novos desafios, o que pode mudá-los?
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3. Relacione os pensadores ao seu entendimento sobre o consumo.

(  a ) Thorstein Verblen                      (       )  o consumo é chamado de fetichismo
(  b ) Aristóteles                                 (       ) o consumo é pura ostentação
(  c ) Karl Marx                                  (       )  a educação muda o excesso de consumo



Texto 2 – Consumir ou não consumir

            A troca de produtos, sua comercialização e os valores para o que se vende e compra são uma criação humana.
            Assim, o debate entre marxistas e capitalistas recai não só no valor do trabalho, mas também no valor dado aos objetos que desejamos ou que o mercado consumir nos faz desejar.
            Ambos os grupos concordam que a produção e o consumo crescentes são a base do capitalismo tal qual o conhecemos hoje. Caso contrário,  existirá o excesso de produção, o que pode significar menos lucro na visão capitalista. O consumo é estimulado para que esse excesso de produção ( e portanto, uma crise) não aconteça. Essa é a dinâmica do desenvolvimento da sociedade de consumo.
            Na nossa sociedade as pessoas são insistentemente, levadas às compras desnecessárias. Esse tipo de situação é mais comum em países industrializados, que se caracterizam pela produção e pelo consumo ilimitado de bens, sobretudo os que  duram pouco tempo. Dessa forma, as pessoas compram mais e mais.


1.De acordo com a visão capitalista, qual é o real interesse deles no mercado consumidor?
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2.Marque  ( V ) para verdadeiro  e ( F ) para falso as afirmativas 

(       ) o consumo e a produção crescente são tendências capitalistas.
(       ) A compra, a venda e a troca fazem partes de ações do comércio.
(       ) Ser consumidor consciente é comprar apenas o necessário.
(       ) Ostentação é quando você compra sem necessidade apenas pelo prazer de ter/ser.
(       ) os marxistas e os capitalistas querem nos ver sempre comprando.
                                                                                                                                 

3.Qual o assunto principal dos dois textos?
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Ser mulher no século XXI


Ser mulher no século XXI

Muitos pensam que a luta pela emancipação feminina é recente. No Brasil, desde o Período Colonial, as mulheres participavam ativamente do povoamento de nossas terras, acompanhando os maridos e filhos ou sozinhas. Desbravaram e administraram empresas coloniais, enfrentando preconceitos e grosserias até mesmo dos próprios maridos.
Durante o século XIX, enquanto as mulheres pobres realizavam atividades como costureiras, tecelãs, lavadeiras, quintadeiras, lavravam a terra e realizavam serviços domésticos, outras, de famílias com melhor renda, dedicavam-se exclusivamente à casa e aos filhos.
Dentre essas mulheres, independentemente da diferença de classe social e de oportunidade, já em 1850 vozes feministas reivindicaram igualdade de direitos.
Essas vozes ampliaram-se com a urbanização do Brasil durante o século XX e o crescimento do mercado de trabalho.
Abriu-se, então, a possibilidade da independência financeira para as mulheres; o que contribuiu para a discussão e a organização de movimentos sobre a redefinição do papel da mulher na sociedade.
As mulheres negras, por sua vez, quase não participaram do desenvolvimento industrial no país. Mesmo após a abolição da escravatura em 1888, é sabido que sua condição social quase não se alterou. Suas atividades eram restringidas basicamente às de cunho doméstico de toda ordem nas grandes fazendas. E, no começo, só eram contratadas junto com os maridos. A partir da década de 1960, passaram à condição de boias-frias. Nas fases seguintes, participando de lutas gerais e específicas, é que elas conquistaram um espaço de maior visibilidade na sociedade, ainda assim, com restrições e preconceitos.

Coleção tempo de Aprender. Educação de jovens e adultos. Vol 3. Multidisciplinar. 8º ano. Pág 247 -248).


  1. Localize no texto acima uma frase utilizada para justificar a forma preconceituosa como as mulheres negras eram tratadas. 
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  1. Localize no texto acima trechos sobre os itens a seguir:

a)      A situação da mulher no Brasil – Colônia  ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b)     A situação da mulher durante o século XIX  

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c)      A situação da mulher a partir do século XX 

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d)     A situação das mulheres negras  
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3.      Durante anos as mulheres lutaram e continuam lutando para terem seus direitos e poderem ser respeitadas enquanto ser humano. Em sua opinião, qual foi a maior conquista das mulheres? Justifique ( 0,2)

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Atividade - O filme O Povo Brasileiro


AVALIAÇÃO FÍLMICA – O POVO BRASILEIRO     
                                                                                              

1 – Marque  V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas abaixo:

Sobre a relação estabelecida entre o filme e o conceito de cultura estudados em sala podemos entender que:

(    ) O filme  trata da formação da identidade cultural do Brasil deixando bem claro este processo,mostrando através das características dos grupos como eles contribuíram para a construção da nossa identidade. 

( ) o conceito de cultura se manifesta no filme quando
identificamos as particularidades de determinados grupos culturais através das suas manifestações religiosas, suas tradições, seus costumes, suas produções artísticas, suas atividades produtivas.

(   )  o próprio enredo do filme  é a formação da identidade brasileira ou a formação do povo brasileiro, que foi , resultado do encontro de quatro matrizes diferentes e como elas influenciaram uma a outra.



2. Das culturas que deram origem a identidade nacional, qual delas foi a mais prejudicada? Justifique.

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3. Vimos no filme três matrizes: Luza, Tupi, Afro e a  série Encontro e desencontros. Cite os três Brasis discutidos por Darcy Ribeiro.

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4. Identifique elementos  materiais  e  imateriais  da cultura africana, indígena e portuguesa, no filme o “povo brasileiro colocando-os no quadro:


Ø PRÁTICAS RELIGIOSAS (UMBANDA), CAPOEIRA
Ø AS OCAS, COCAR E ARCO E FLECHA 
Ø RELIGIÃO CATÓLICA 
Ø INSTRUMENTOS MUSICAIS PARA SEUS RITUAIS. ROUPAS COLORIDAS, COLARES
Ø RITUAL DE ANTROPOFAGIA    
Ø ARQUITETURA TÍPICA PORTUGUESA, SUAS EMBARCAÇÕES (CARAVELAS), ROUPAS UTILIZADAS NO RITUAL DO ESPÍRITO SANTO



Matrizes
 Elementos materiais  
Elementos imateriais

Indígenas












Africanos










Portugueses










Gêneros textuais



DISCIPLINA: Língua Portuguesa                                               Profª Mariene Macedo
Graduando(s)______________________________________________________________


                                                       ATIVIDADE AVALIATIVA SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS

Coloque os gêneros textuais no quadro respectivos a sua tipologia


Romance                                Novela                                               Crônica                  Contos de Fada  Carta de opinião                     Resenha                                              Artigo                     Fábula             Lendas                                      Diário                                                Palestras                  Ensaio               Conferências                            Entrevistas                              Enciclopédia                           Cardápio
Biografia e autobiografia       Notícia                                               Currículo           Lista de compras   Anúncios de classificados        Editorial Jornalístico                                            Monografia                    Seminários                              Trabalhos acadêmicos              Verbetes de dicionários         Propaganda                            Receita culinária        Bula de remédio                     Manual de instruções
Regulamento                          Textos prescritivos                 Relatos (viagens, históricos, etc.)


NARRATIVO

EXPOSITVO
DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO

INJUNTIVO

DESCRITIVO

























Desafios nas redes sociais

A aprendizagem em espaços virtuais, como por exemplo, as redes sociais constitui um enorme desafio para a sociedade digital, na medida em q...