JUSTIFICATIVA
A
competência textual é um conceito da sociocrítica e da semiótica textual que
traduz o nível de preparação do leitor/falante/ouvinte perante o texto, para
além do conhecimento imediato do código linguístico. As operações que
realizamos perante um texto – distinguir entre texto e não-texto, distinguir
diferentes tipos de texto, fazer a paráfrase de um texto, fazer o resumo de um
texto, etc. – resultam da competência que exibimos para o compreendermos. Do
ponto de vista da estética recepção, entende-se que o leitor interiorizou um
determinado conjunto de regras que lhe permite produzir, explicar e compreender
qualquer texto. Uma estética da recepção não colocará limites a este
conhecimento apriorístico do leitor, mas entender-se-á sempre que a leitura dos
textos, e em particular dos textos literários, exige uma competência
específica, não universal, não partilhada por todos os falantes/ouvintes, e
susceptível de ser treinada e aperfeiçoada.
É possível desdobrar a competência textual em subgêneros
como competência narrativa, competência dramática e competência poética, mas,
na prática, não se altera o conceito original. As competências narrativa,
poética ou dramática possuem a mesma natureza e as mesmas condições de
realização da competência textual, apenas se diferenciando pelo tipo de objeto
produzido, pelo que as podemos considerar conceitos inconsequentes. O que se
disser para cada uma delas terá que vir da fundamentação geral da competência
textual: se a competência narrativa é a capacidade intuitiva para produzir
textos narrativos (cf. T. A. van Dijk, 1972), é exatamente a mesma coisa que
dizer que a competência textual é a capacidade intuitiva para produzir textos,
incluindo os narrativos.
Sabemos que precisamos desenvolver as competências
em nossos alunos, a sequência didática em questão visa a competência textual,
abordando a Capacidade transformativa que tem por objetivo transformar um texto já existente em outro,
modificando, reformulando, resumindo.
PÚBLICO ALVO
Alunos do 6º e 7º
ano do turno matutino do INSME.
OBJETIVO GERAL
ü
Construir a competência textual a partir do
desenvolvimento da capacidade transformativa de um texto imagético em um texto
escrito.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
ü Criar texto baseado nas telas do
artista Cândido Portinari;
ü Respeitar a estrutura do texto
descritivo;
ü Discutir os temas abordados nas
telas apresentadas;
ü Conhecer as biografias de Cândido
Portinari e Luiz Gonzaga;
ü Estabelecer relação entre as
telas de Cândido Portinari e as letras de algumas Músicas de Luiz Gonzaga.
CONTEÚDOS
ü Biografia de Cândido Portinari e
Luiz Gonzaga;
ü Leitura imagética;
ü Competência textual “capacidade
transformativa;
ü Tipologia textual (descrição)
PROCEDIMENTOS
1º
Momento
ü Apreciação de telas de Portinari
em vídeo com o áudio Triste partida de Luiz Gonzaga;
ü Leitura do resumo biográfico
2º
Momento
ü Questionamentos orais sobre o
vídeo;
·
O
que vocês observaram nas telas e sentiram ao ouvir esta canção?
·
Nos
primeiros versos o eu lírico deixa claro que tem esperanças de mudanças? O que
ele espera mudar? Por quê?
·
Há
alguma semelhança da canção com a obra de Cândido Portinari?
·
Você
acha justo as pessoas viverem desta forma?
·
Por
que será que essas pessoas vivem desse jeito?
·
O
quê poderia ser feito para amenizar este problema? E quem poderia ajudar?
3º Momento
Ø
Informar para os alunos as características do
gênero descritivo
Ø
Divisão
da turma em pequenos grupos para a
produção de um texto descritivo sobre as telas analisadas,
Ø
Socialização das produções (troca entre os colegas)
Ø
Discussão
final das produções.
CRONOGRAMA
( 5 aulas )
RECURSOS
Data
show, caixa amplificada, obras de Portinari, papel ofício.
AVALIAÇÃO
As
produções escritas e a participação ativa dos alunos.
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